A população pode não ter ciência, mas os principais criadouros do mosquito Aedes Aegypti estão nos quintais das residências.  Com base nas informações do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (Liraa), realizado em janeiro deste ano pelo Ministério da Saúde juntamente com os estados e municípios, a Secretaria da Saúde da cidade revelou que os bebedouros de animais e os vasinhos de plantas ainda são os grandes responsáveis pela reprodução das larvas do Aedes em Votuporanga. 

O estudo feito por amostragem, coordenado pelo Setor de Controle de Endemias e Zoonoses (Secez) contou com a visitação dos agentes comunitários de saúde e de endemias do em todas as áreas da cidade durante o mês de janeiro. Neste período, dos 3,9 mil imóveis avaliados, 2,8 mil foram visitados e 1,1 mil estavam fechados. 

Nas inspeções, os agentes verificaram uma grande quantidade de larvas nos bebedouros de animais domésticos mal higienizados, seguidos dos vasos de plantas. Em um dos bairros da cidade, do total de 303 bebedouros analisados, sete continham larvas do Aedes. Enquanto, num outro ponto, do montante de 147 vasos de plantas verificados, dois deles deram resultado positivo para as larvas do mosquito. O coordenador do Secez e biólogo, Nilton Santiago explica que esses são cuidados básicos e que devem fazer parte da rotina diária de todo morador. “Os pratinhos e vasos de plantas devem ser observados com atenção especial, todos os dias, para que a água não fique acumulada. As vasilhas de água dos animais, quando não limpas diariamente, também se tornam criadouros em potencial. A água dos animais precisa ser trocada todos os dias, assim como a limpeza desses potes, que devem ser bem lavados com esponja e sabão. Essas medidas são simples, de fácil execução e fundamentais para a eliminação dos focos do Aedes”. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do mosquito Aedes aegypti. Por meio dele, os municípios possuem melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti, identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. 

Até o momento, Votuporanga registra oito casos positivos de dengue e um caso de chikungunya. Nenhum caso de zika e febre amarela foram contabilizados.