Segundo os números da Secretaria Municipal da Saúde, no ano passado 593 pessoas marcaram consultas, mas não foram
Márcia Reina, secretária municipal da Saúde, falou com A Cidade sobre os números da pasta (Foto: Daniel Castro/A Cidade)
Daniel Castro
daniel@acidadevotuporanga.com.br
É
significativo em Votuporanga o número de pessoas que marcam consultas ou exames
no AME, no entanto faltaram no dia agendado. De acordo com dados da Secretaria
Municipal da Saúde, em 2017, 1.598 faltaram ao atendimento.
Na pasta, as
faltas vão para o dado chamado de “taxa de absenteísmo”. Segundo os números, no
ano passado 593 pessoas marcaram consultas, mas não foram. Já em relação aos
exames, 1.005 pacientes foram agendados, porém faltaram.
Em relação aos
outros números da pasta no município, a secretária da Saúde, Márcia Reina,
aponta que são positivos e resultados de bastante trabalho. Ela observou que
houve melhoras no número de consultas, procedimentos e atendimentos. “Porém
muito ainda precisamos avançar, temos bastante trabalho para ser desenvolvido.
Temos que avançar cada vez mais em busca de uma qualidade”, disse.
A secretária explicou
que a Saúde local pode ser considerada boa, mas a pasta está sempre em busca de
melhorias. Ela ressaltou a importância da participação da população nos
conselhos e dos vereadores nas discussões atrás de melhorias.
Márcia lembrou
ainda que a pasta apresentou muitos números positivos, no entanto os resultados
positivos não são conquistados somente pela Secretaria. “Tudo é feito por uma
equipe de profissionais da Saúde, mas também pela participação da população,
portanto, se registramos melhores, temos que considerar uma conquista de
todos”, falou.
Os pontos
positivos, acrescentou a secretária, são bons, porém não devem ser considerados
como “metas finais”. “Nós temos que caminhar e melhorar sempre, e é isso que
estamos buscando”, concluiu.
Votuporanga investe acima do preconizado na área da
Saúde
Márcia apresentou,
na tarde de anteontem a audiência pública da pasta do terceiro quadrimestre de
2017, referente aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro. A abertura
dos trabalhos contou com a apresentação do assessor de gabinete da Prefeitura,
Deosdete Vechiato, que apresentou os investimentos feitos pela pasta.
Vereadores, imprensa e colaboradores municipais do setor também participaram da
audiência.
A lei federal
fixa aos municípios que os gastos com saúde e os percentuais mínimos a serem
investidos seja de 15% de suas receitas, mas em Votuporanga esse número está
bastante acima, mostrando a preocupação da gestão com esta área. Em 2017,
27,57% do orçamento foram destinados à saúde, representando quase o dobro de
recursos aplicados na área em relação ao que determina a legislação
federal.
Durante sua
explanação, Márcia Reina explicou como foi feita a destinação desses recursos
aos serviços e programas gerenciados pela rede municipal de saúde, bem como os
procedimentos e a quantidade de consultas médicas ambulatoriais e da rede de
urgência e emergência realizados.
Número de atendimentos
Em 2017, 328
mil pessoas foram atendidas nas unidades de saúde de Votuporanga. No ano
passado, 179,9 mil pacientes foram recebidos nas unidades ou nos serviços de
saúde municipais com consulta marcada, enquanto que em 2016, esse número era de
177,8 mil. A ampliação no número desses atendimentos ofertados entre 2016 e
2017 foi de 1,2%, o que representa 2 mil consultas a mais aos pacientes
atendidos de um ano para outro. Os atendimentos de urgência e emergência são
prontamente realizados por meio de uma rede resolutiva, com o Samu – 192
(Serviço de Atendimento Médico de Urgência), UPA – 24 horas (Unidade de Pronto
Atendimento) e o Hospital do Pozzobon “Fortunata Germano”, na zona norte. De
2016 para 2017, 18 mil pacientes a mais passaram pela rede de urgência e emergência
(com exceção dos atendimentos referidos pelo Samu). Em 2016, 132,4 mil passaram
por um desses serviços, e no ano seguinte, esse número subiu para 150,6 mil.