Dra Regina Silvia Chaves, infectologista, explicou sobre os tipos da doença e prevenção
(Foto: Divulgação/Santa Casa de Votuporanga)
Você sabia que a leishmaniose tem três tipos, é uma doença extremamente grave que pode evoluir com mortalidade? A médica infectologista da Santa Casa, Dra Regina Silvia Chaves, explicou tudo sobre a patologia durante o programa Dica de Saúde, veiculada na rede social do Hospital.
Dra Regina explicou que a leishmaniose pode ser cutânea, mucocutânea ou visceral. “A primeira comete a pele. A segunda, além da pele, atinge nasais e orais e a terceira causa úlceras em vários órgãos no corpo”, contou.
A visceral é extremamente grave, inicia com a picada do mosquito palha. O agente é o protozoário do gênero leishmania. “A leishmaniose chega no sistema vascular e se coloca em alguns órgãos principais como baço, fígado e medula óssea, mas pode cometer rins, intestino e pulmão. Na medula óssea, o paciente tem hemorragias, sangramento, baixa resistência propiciando infecção bacteriana. É uma doença de evolução lenta, mas extremamente grave”, afirmou.
Já na patologia do tipo mucocutânea mucosa o protozoário fica no local da picada. “Tem característica específica e causa úlcera. Você faz curativo e ela não melhora”, complementou.
Visceral
Dra Regina ressaltou que a leishmaniose visceral é muito grave e pode ser confundida com outras doenças como leucemias, HIV, dengue e malária. “O quadro clínico e os exames ambulatoriais fazem o diagnóstico. Na dengue, por exemplo, a evolução é limitada de sete a 10 dias. Logo em seguida, há melhora. A leishmaniose é uma doença arrastada, febre prolongada e quadro de anemia ao longo dos meses”, disse.
Sintomas
Os sintomas são: febre, emagrecimento, dores no corpo há mais de 15 dias, além de anemia acentuada. “Um dos fatores também é morar ou visitar a região com transmissão da doença”, complementou.
Tratamento
O tratamento tem droga específica. “O Ministério da Saúde disponibiliza protocolo para saber qual remédio é adequado, conta umas séries de fatores como idade e histórico. O paciente precisa ser acompanhado por um ano”, afirmou.
Prevenção
A médica ressaltou que, para prevenção, é preciso cortar o ciclo da transmissão com mosquito-palha. “Ele depende de matéria orgânica em decomposição. Em ambiente com resto de alimentos, frutas está mais propenso sua proliferação. Precisamos fazer manejo dos quintais, deixa-los limpos para que não se multipliquem”, finalizou.