Nesta quinta-feira (02/08) o SAE (Serviço de Assistência Especializada) DST/ Aids promove o I Seminário Desafios do Enfrentamento das Hepatites Virais, das 7h30 às 14h, no Anfiteatro do IFSP (Instituto Federal São Paulo). A capacitação voltada para profissionais de saúde de Votuporanga e região, tem o objetivo de discutir a ampliação do acesso a prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais.
Em Votuporanga, neste ano, 37 pessoas foram diagnosticadas com o vírus da hepatite. De acordo com a enfermeira responsável pelas hepatites em Votuporanga, Stela Vieira Rodrigues existem vários tipos de vírus da hepatite, como a por uso abusivo de álcool, excesso de medicamentos, entre outras. “Hoje no Brasil é possível identificar as causadas por vírus, que são as do tipo A, B, C, D e E, sendo mais comuns na região as do tipo A, B e C”.
Hepatites A, B e C
A Hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”. A transmissão ocorre por transmissão sexual ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Os sintomas apresentam-se após a infecção já instalada: cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. A Hepatite A é totalmente curável, desde que o paciente siga corretamente o tratamento médico.
A transmissão da hepatite B ocorre através da relação sexual, sem o uso de preservativos, por meio de sangue contaminado pelo vírus e pode ser transmitida também de mãe para o filho durante a gravidez ou no momento do parto (perinatal). A Hepatite B é uma das maiores causas de câncer de fígado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a hepatite C possui um crescimento cinco vezes maior do que o da Aids. A principal forma de transmissão desse tipo da doença ocorre através do compartilhamento de seringas e outros materiais com sangue contaminado, como alicates de unha, agulhas de tatuagem, lâminas de barbear, escovas de dente, materiais para colocação de piercing, entre outros.
Diagnóstico e Tratamento
Stela ressalta que o diagnóstico precoce é fundamental para o aumento das chances de cura. “Quanto mais cedo o paciente descobrir a doença, mais fácil alcançar a cura e evitar estágios avançados. Hoje a hepatite C possui alta taxa de cura, ninguém deve perder a oportunidade de se tratar. O diagnóstico é realizado por exames específicos de sangue através de sorologias ou testes rápidos”.
O tratamento é garantido pelo SUS e após o diagnóstico, o paciente é encaminhado para o SAE onde será realizado todo o acompanhamento do tratamento que é totalmente gratuito.