É nessa época que o transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya se reproduz com maior facilidade
É necessário também que a população se conscientize da importância de combater os focos de reprodução do inseto (Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo)
Verão é sinônimo de férias, viagem e descanso. Mas em um país tropical como o nosso, os dias quentes somados às frequentes pancadas de chuva requerem muita atenção dos cidadãos para proliferação do Aedes aegypti. É nessa época que o transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya se reproduz com maior facilidade.
Por esse motivo, nos últimos anos, o poder público esteve empenhado em combater a proliferação do inseto e, embora diretrizes básicas atribuam a competência ao município, o Governo do Estado presta auxílios às prefeituras paulistas. O trabalho é feito através da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde.
Ela é a responsável pelo controle das questões sanitárias que atingem de forma endêmica a população, como o controle de dengue e de febre amarela, malária, doença de chagas, leishmaniose e esquistossomose.
“Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, portanto, é fundamental eliminar focos e criadouros”, explica o especialista Dalton Pereira da Fonseca Jr., superintendente da Sucen.
Por meio dela, os municípios contam com treinamentos técnicos e com ações que ajudam a matar o mosquito em fase adulta e eliminar os focos nas residências.
Dentro de casa
Mas só as medidas governamentais não são suficientes para eliminar a proliferação do mosquito neste período. É necessário também que a população se conscientize da importância de combater os focos de reprodução do inseto, já que cerca de 80% dos criadouros estão em residências.
Assim, armazenar água de forma incorreta, deixar algum vão na caixa d’água ou esquecer recipiente no quintal são os motivos que fazem das casas os principais criadouros do mosquito, que prefere água parada e limpa.
Para o biólogo do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, Paulo Urbinatti, o transmissor se adaptou a ambientes dentro ou próximos aos domicílios.
“Recomenda-se que os cidadãos sejam alertados sobre a responsabilidade em relação aos criadouros. Também existe a responsabilidade do poder público na fiscalização de pontos estratégicos, como borracharias e ferros-velhos”, reitera o pesquisador.
Combate
Seja no calor ou no frio, é importante combater os criadouros o ano todo. Por isso, algumas dicas para evitar que as casas e apartamentos se transformem lugares propícios à reprodução do inseto. Confira: coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre fechada; folhas e tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas também precisam ser removidos; encha os pratos dos vasos de plantas com areia até a borda; troque a água e lave o vaso das plantas aquáticas com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana; garrafas e recipientes que acumulam água devem ser sempre virados para baixo; caixas d’água também devem permanecer fechadas e todos os objetos que acumulam água, como embalagens usadas, devem ser jogados no lixo.