Regina Sílvia Chaves de Lima, que atua na Santa Casa, disse que seriam necessários, ao menos, dois meses de isolamento social
A infectologista Regina Sílvia disse que ainda estamos apenas no começo da pandemia e que a situação deve se normalizar só em agosto (Foto: Santa Casa)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
Em entrevista exclusiva ao jornal A Cidade a médica infectologista Regina Sílvia Chaves de Lima, que atua na Santa Casa de Votuporanga, disse que a curva da epidemia do coronavírus no Brasil está em ascensão e que a cidade ainda está no começo da pandemia. Para ela, a situação só deve se normalizar em meados de agosto.
A profissional da saúde, que trabalha na linha de frente do combate ao vírus na cidade, disse que seriam necessários, ao menos, dois meses de isolamento social para evitar propagação da Covid-19.
“O isolamento social é a forma mais eficaz de evitar a rápida propagação da Covid-19. Essa é a mais efetiva medida para evitar que a população vulnerável se exponha. Isso porque os sintomas, na maior parte das pessoas, parecem com resfriado. Então, é fundamental ficar dentro de casa. Projeções feitas para outros países indicam a necessidade de lockdown (isolamento total das cidades, com manutenção apenas de serviços essenciais) por, ao menos, dois meses”, afirmou.
Questionada sobre em que fase da pandemia o município está e se acreditava que o pior já tinha passado, ela disse que não e que na verdade ainda estamos no começo da batalha.
“A curva da epidemia do coronavírus no Brasil está em ascensão. Notamos que agora população de nível socioeconômico menor está sendo atingida, hospitais estão lotados nas capitais, ainda estamos no início da pandemia no país”, completou.
Sua previsão para a normalização é para daqui quatro meses. “Acredito em um melhor controle da pandemia em agosto. Por isso, é extremamente necessário que as pessoas se conscientizem quanto à higiene das mãos com água e sabão e/ou álcool em gel, além do isolamento social”, concluiu.