Dagoberto José Gianoti testou positivo para a doença, se recuperou e agora fala com exclusividade ao jornal A Cidade
De São Paulo, o votuporanguense Dagoberto José Gianoti falou com exclusividade ao jornal A Cidade. (Foto: Arquivo Pessoal)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
O engenheiro mecânico Dagoberto José Gianoti, de 54 anos, é votuporanguense de nascença e boa parte de sua família ainda vive aqui. Há 10 anos se mudou para São Paulo, onde trabalha e vive com a esposa e o filho. Ele é uma das 4.866 pessoas que testaram positivo para coronavírus no estado de São Paulo.
Em entrevista exclusiva ao jornal A Cidade, Dagoberto contou sobre os dias de angustia e de luta contra a nova doença e da decisão mais difícil que teve que tomar nesse período: ir ou não para o hospital.
“Minha esposa é enfermeira e a gente sempre ouvia as orientações de evitar procurar o hospital, então me isolei em meu quarto e meu plano de saúde disponibilizou atendimento médico à distância. Permaneci assim por quatro dias, com febre muito alta e os antitérmicos já estavam me fazendo mal, então decidi que não dava mais para esperar e procurei um hospital. Foi uma decisão difícil, mas acredito que tomei na hora certa”, contou.
Dagoberto começou a sentir os sintomas no dia 19 de março. O primeiro deles foi dor de garganta. A tosse e a febre de 38,5 graus vieram logo na sequência, acompanhadas de muita dor de cabeça e falta de ar.
“Quando cheguei ao hospital, no dia 24, fui muito bem atendido. Fizeram alguns exames e me colocaram numa ala isolada só para pacientes com covid-19. Nesse meio tempo meu quadro piorou e no dia 28 senti muita falta de ar e a equipe médica me mandou para a UTI. No dia seguinte eles entraram com a hidroxicloroquina, foram duas doses, no dia 30 já amanheci melhor”, contou o engenheiro sobre o medicamento que está em teste.
O votuporanguense disse que o excelente atendimento médico e o apoio da família e amigos foram essenciais para sua recuperação. “Chegou um momento em que eu evitava ver TV, pois só falava de morte, de coisas ruins. Vendo aquilo, confesso que pensei que não iria voltar para casa. Mas o apoio da minha família e amigos me ajudou bastante. Eu pude ficar com o celular o tempo todo e eles me ligavam constantemente para me dar força”, completou.
No último dia 3 ele recebeu alta e agora está de volta ao convívio familiar.