22 tipos de medicamentos estão em falta, entre eles os sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares usados em pacientes que precisam ser intubados
Além da falta de medicamentos, os que estão nos estoques podem acabar (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O estoque de medicamentos utilizados nas unidades de tratamento intensivo (UTI) está zerado em 21 estados e no Distrito Federal. A informação é de um levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
22 tipos de medicamentos estão em falta, entre eles os sedativos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares. Esses remédios são utilizados em pacientes que precisam ser intubados e sem eles não é possível realizar o procedimento.
O Mato Grosso é o estado que vive a situação mais crítica, pois dos 22 medicamentos necessários, 13 estão em falta. Entre outros estados que estão em alerta estão Ceará e Maranhão (12), Amapá e Tocantins (11) e Rio Grande do Norte e São Paulo (10).
Devido à pandemia, o consumo de medicamentos aumentou muito, pois o que foi utilizado em todo o ano de 2019 foi utilizado em apenas um mês no combate ao novo coronavírus. Com isso, o CONASS alerta que o sistema de saúde brasileiro corre o risco de entrar em colapso.
Além da falta de medicamentos, os que estão nos estoques podem acabar. Em Mato Grosso, por exemplo, alguns remédios podem durar por apenas mais uma semana.
Em resposta a essa crise, o Ministério da Saúde afirmou que já tomou providências para regularizar o abastecimento, mas também alertou que a responsabilidade de comprar os medicamentos cabe aos municípios ou aos próprios hospitais. Já os governadores relataram que devido ao aumento da demanda, países de todo o mundo estão com dificuldade de comprar remédios.
*G1.com