Mais de 80 pacientes em estado grave passaram pela unidade desde a sua ativação, o que permitiu que muitos se recuperassem
Hospital de Campanha completa hoje um mês de atendimentos e traz como saldo dezenas de vidas salvas (Foto: Prefeitura de Votuporanga)
Franclin Duarte
franclin@acidadevotuporanga.com.br
No auge da segunda onda da pandemia pela Covid-19, Votuporanga conseguiu unir forças entre órgãos públicos e iniciativa privada para construir, em menos de dez dias, um Hospital de Campanha com 23 leitos com suporte de respiradores e hemodiálise. Nesta quarta-feira (4) a unidade completa exatos 30 dias de funcionamento e com um saldo positivo de dezenas de vidas salvas.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, desde a inauguração, no dia 5 de abril, 80 pessoas com sintomas graves da doença passaram pelo local. A ocupação máxima de leitos chegou a 17 e a mínima de 6, dentre os 23 leitos disponibilizados.
“O nosso Hospital de Campanha vem cumprindo sua missão de salvar vidas e demonstrando que foi importante para desafogar o sistema público de saúde de Votuporanga”, ressaltou o prefeito Jorge Seba.
Em média, cada paciente fica quatro dias no Hospital de Campanha, no entanto, alguns chegaram a ficar 19 dias. Segundo o médico responsável pela unidade, Chaudes Ferreira da Silva Junior, muitos pacientes conseguiram concluir o tratamento no Hospital de Campanha, sem necessitar de transferência para leito hospitalar, graças ao suporte oferecido na unidade.
“O Hospital de Campanha ajudou a diminuir o colapso da rede pública e contribui para melhor assistência dos pacientes com fisioterapia, hemodiálise e respiradores", disse o profissional.
Humanizado
Além do trabalho técnico, as equipes que atuam no Hospital de Campanha também se preocupam em prestar atendimento humanizado aos pacientes e familiares. Na última semana, enfermeiros da unidade colocaram em prática uma ideia divulgada na internet por outros hospitais de campanha para proporcionar mais acolhimento aos pacientes. Luvas foram preenchidas com água morna e colocadas junto às mãos dos pacientes para aquecer e demonstrar que todos estão juntos, lutando pela recuperação de cada um.
“Trabalhamos sempre no intuito de devolver os pacientes às suas famílias. Vimos essa iniciativa de alguns hospitais de colocar a luvinha aquecida nas mãos dos pacientes e trazer mais acolhimento e humanização. Com este simples ato, o paciente vai sentir o quanto nós estamos preocupados com a recuperação dele, além de promover o aquecimento das extremidades do corpo que também ajuda na resposta do organismo. Para nós, é um grande prazer poder fazer algo além da parte técnica, cuidar também da parte humanizada da enfermagem”, disse a enfermeira Tatiana Yunis, que atua na unidade.