Andressa Aoki
Dezenas de pessoas acompanharam as apresentações culturais em comemoração a Semana da Consciência Negra em Votuporanga. No último sábado, a população assistiu o grupo Afroreggae, capoeira e maculelê. “A gente pretendia reunir um grande público para mostrar as atividades desenvolvidas com ritmos africanos dentro do Projeto Axé Criança, desenvolvido junto às escolas da rede municipal, além da capoeira do Mestre Lousado e exibição do maculelê, uma dança totalmente identificada com os antigos quilombos e senzalas”, diz a presidente do CPDCN (Conselho de Participação de Desenvolvimento da Comunidade Negra), Mara Madalena Moreira. Foram duas horas de apresentações contínuas, envolvendo as 25 crianças do projeto e os grupos de capoeira Alvorada e da Secretaria de Esportes e Lazer.
No mesmo dia, das 14 às 18h, o Mestre Marisco, de Angra dos Reis, litoral fluminense, ministrou uma oficina de jongo. “Trata-se de uma dança de origem africana, possivelmente do povo oriundo de Angola, da qual participam homens e mulheres”, esclarece Madalena.
“Possivelmente, o vocábulo jongo deve significar divertimento e o canto tem o papel fundamental, associado aos instrumentos musicais e dança, sendo que alguns pesquisadores classificam o jongo como o ritmo que daria, mais tarde, origem ao Samba, sendo conhecido em alguns locais também como Caxambu, Dança do Jongo e Bambelô, dentre outros”, completa.
Em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), o Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Turismo realizou a Semana Municipal da Consciência Negra. O projeto é promovido pelo CPDCN. A abertura aconteceu na quinta-feira com intervenções no Campus Centro e na Cidade Universitária, com grupos de capoeira e as crianças do Projeto Afro Reggae.
Segundo o diretor do Departamento de Cultura, Jorge Xavier, “o apoio do Prefeito Junior Marão ao evento é a realização de mais um compromisso da sua gestão, visto que a administração municipal está comprometida com a formulação de políticas públicas direcionadas para a promoção da igualdade racial e eventos como este são fundamentais para que a comunidade descubra mais sobre a cultura afro-brasileira e tenha conhecimento necessário para refletir e combater o preconceito racial”, afirma Jorge.

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