Coopercitrus
Nem todos os participantes do encontro ocorrido quarta-feira, no auditório da Associação Comercial, onde foi esclarecida a incorporação da Coacavo pela Corpercitrus de Bebedouro, saíram convencidos de que foi um bom negócio para Votuporanga. Teve gente que não viu vantagem nenhuma. Veja o que eles comentavam.
Na real
Pelo menos num aspecto o encontro foi positivo. O presidente da Coopercitrus, José Vicente da Silva, não vendeu ilusões. Tudo foi apresentado como uma grande promessa futura. De imediato, pelo visto, não muda nada, não acrescenta nada, a não ser os nomes da diretoria.
Grãos
A grande aposta da Coopercitrus em Votuporanga é transformar a região numa grande produtora de grãos: especialmente soja e milho. Ou seja, mandar o produtor de volta para a roça quando hoje a maioria está acomodada na cidade lucrando com a cultura da cana. Convenhamos: isto não será tão breve assim. O ciclo da cana não termina do dia para a noite.
Linha férrea
Ramal da linha férrea passando pelo silo graneleiro. Pode sair do papel? Pode, sim, mas para quando houver grãos para ser exportados. Ou seja, quando mudar a cultura nesta região e a cana e a seringueira deixarem de ser o negócio do momento. É bom esperar sentado.
O pivô da derrocada
Nunca é demais lembrar que a criação de um terminal ferroviário para dentro do silo graneleiro era um antigo projeto do Caproni e seus pares para viabilizar a cooperativa. Na época, a cooperativa reivindicava um terminal para exportação de grãos. Veio a Intermodal, da Usina Noble, construída perto de Simonsen e com ramal ferroviário para enterrar o projeto da Coacavo.
Rasteira
A Coacavo acusa o poder público da época, nos anos 2010 ou 2012, que frustrou as pretensões do terminal de exportação. A obra fora direcionada para a Usina a Usinal Noble, com a intervenção do prefeito, que acabou se instalando nas proximidades de Simonsen. Caproni, na época, acusou o golpe e andou de “cara feia” com o prefeito Junior Marão por muito tempo.
Verdade seja dita:
Depois dessa frustração e sem nenhum outro projeto viável para a Coacavo, a diretoria baleada já começou a pensar em outros rumos para a Coacavo. A meta passou a ser investir na CredLíder que, na verdade, é a cooperativa em expansão e lucrativa.
Resumo da ópera:
A Coopercitrus assume, aparentemente, sem nenhum projeto. O número de funcionários continua como está. O sonhado posto de combustível, no trevo de Nhandeara, já está descartado. Ninguém da atual Coacavo vai para a diretoria. De promessa, apenas uma nova loja, mas isso para quando houver área para plantar grãos, no fim do ciclo da cana. E seja bem-vindo o comando de Bebedouro.
Cobrança
Mudando de assunto, os 4% de intenção de votos na pesquisa Datafolha já rendeu ao deputado licenciado Rodrigo Garcia um sagrado espaço no jornal “Valor Econômico”, principal jornal de economia. Na reportagem, ele defende proposta de cobrar mensalidades em universidades públicas dependendo da renda familiar do aluno.
35 prefeitos
Este é o número de prefeitos que Rodrigo Garcia está anunciando que vão assinar a ficha de ingresso no DEM (Democratas). Atualmente o partido já tem 67 prefeitos em todo o Estado. Fortalecendo a sigla, ele espera ser o indicado do grupo para disputar o governo de São Paulo. E promete: pretende se mostrar como o “liberal pra valer” na disputa de 2018.
Diga que eu fico
Repetindo a famosa frase de D. Pedro, o ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes, ao ser questionado se ele “faz questão” de permanecer no cargo, no caso do seu partido, o PSDB, desembarcar do governo de Michel Temer, ele respondeu na bucha: “não faço questão. Eu fico”.
De saída:
O senador paranaense Álvaro Dias, pré-candidato à presidência da República pelo partido Podemos, deve desembarcar em Rio Preto amanhã. E não vem sozinho. Na caravana, uma figura bastante conhecida que agora faz parte daquele partido: o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca. O “pé de anjo” do Corinthians pretende sair como candidato a deputado federal.
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