Em meio a tanta desfaçatez que temos assistido e de tantos “direitos”, alguém fez um comentário engraçado: “não vai demorar e algum político que não conseguir a reeleição vai solicitar indenização por perca do emprego”. Pode rir, mas entendo que estamos caminhando para alguma coisa parecida.
Os cargos públicos eletivos não devem e nem podem ter os mesmos “direitos” de todos os outros trabalhadores. Cargo público tem limite e condições definidas, só vai pra lá quem tiver vontade, vocação e, principalmente, votos.
Mas, vamos lá, esse primeiro parágrafo é para descontrair um pouquinho, só que o circo político do Brasil continua. Isso mesmo, virou palhaçada a discussão política nacional. Os eleitores, em sua maioria, estão nas gerais, alguns em camarotes e outros atuam nos bastidores. É muita falta de pudor, é sempre o mais do mesmo, sai ano entra ano e os atores são os mesmos. Sonhar com uma mudança radical de personagens é querer demais, só que seria muito bom, conheceríamos novas atitudes e, possivelmente, uma luz no fim do túnel.
E façamos um trocadilho: o caso da febre amarela é um descaso, faltou às “otoridades” um pouco de carinho e muito de inteligência para que a situação chegasse ao ponto que chegou. Neste assunto não cabe culpa aos municípios, só que sobra para os estados e o governo federal. Não é possível que o povo brasileiro esteja vivendo essa angustia em pleno século 21. A ganancia desmesurada, o foco na sustentação dos poderes de todos grupos envolvidos deixou de lado uma questão que poderia ser simples como essa da febre. E não venham por culpa em mosquitos, a culpa é da safadeza de todos os responsáveis.
Sou apenas mais um brasileiro entristecido pelo que aconteceu com nossa nação. No último artigo escrevi que precisamos de um patriota corajoso, continuo pensando assim. Não acredito que alguém que surja de última hora como candidato a presidente, sem que tenha uma equipe bastante afinada com as necessidades nacionais e que o próprio tenha conhecimentos suficientes das nossas agruras possa levar o país para dias melhores. Até penso que o candidato que sair cantando por aí que vai consertar os estragos em poucos meses não deva ser votado, pois não vai conseguir. Também entendo que candidato que já teve protagonismo em algum cargo de bastante força e nada fez, não foi corajoso para dar um basta ou denunciar as “mixórdias” também não deve ser votado. E vejam bem o que já dizia Lincoln: “ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o consentimento desta”. E esse mesmo Lincoln já dizia: “não fortalecerás os fracos por enfraquecer os fortes. Não ajudarás os assalariados se arruinares aquele que os paga. Não estimularas a fraternidade se alimentares o ódio”. Ao ler esses ensinamentos já seculares, podemos começar a entender como escolher quem vai nos governar, eu disse começar a entender, pois precisamos pesquisar mais profundamente as intenções e o caráter dos postulantes. Procurar galgar algum posto político baseado na vingança e no ódio faz do postulante um candidato perigoso, escapemos deles, dos vingativos e fracos, pelo voto.