É Carnaval
Não tem como fugir do tema. Nesses dias o Brasil dá uma trégua em tantos problemas sérios e preocupantes que atormentam a vida dos brasileiros, e vai curtir o Carnaval. E quem não gosta de Carnaval? Esses vão para o churrasquinho, para a beira de rio ou viajar. Mas ninguém quer saber de política.
Negócios
Todavia, para Votuporanga, conforme foi amplamente divulgado nos últimos dias, o Carnaval passou a ser um grande negócio. Hoje a cidade não tem do que reclamar. Alguns segmentos do comércio vão ter um faturamento extra para salvar o início de ano. Restaurantes, postos de combustíveis, hotéis e pensão vão ganhar um bom dinheiro.
Deu certo
Quem poderia imaginar que aqueles trios elétricos estacionados ao longo da rua São Paulo, no fim do século passado, seria o embrião do grande Oba! Festival. Hoje é um negócio milionário que projeta Votuporanga no cenário carnavalesco. A cidade está definitivamente no destino turístico de muita gente de diferentes pontos deste país.
Profissional
Quem passou pelo recinto da festa nos últimos dias, saiu de lá impressionado. A estrutura montada é coisa de profissional. Nada improvisado. Tudo devidamente arquitetado para corresponder a grandeza do evento. Tomara que a festa transcorra como está projetada. Votuporanga precisa desse sucesso sempre crescente.
Política
O episódio envolvendo o pedido de cassação do vereador Hery Kattwinkel (PTC) tomou conta do noticiário e foi o assunto em pauta nas rodas políticas. Todavia, isso pode se arrastar pelo menos por mais 90 dias. O trâmite burocrático é intenso. Os partidos precisam de 10 votos na Câmara para dar andamento ao processo.
Arroyo
Se o Hery for cassado, ele não será o primeiro vereador a ver o seu mandato extinto. Em 1987, o advogado e vereador José Roberto Blundi Arroyo, hoje de saudosa memória, também viu a sua cassação, e pela mesma infração que ronda agora. Como advogado, ele protocolou ação contra o município. Na época, foi denunciado pelo colega Antônio Gianesi, que também era vereador e advogado.
A diferença
O que difere da cassação de Arroyo nos anos 80 e o caso que tramita agora, é a mudança da Lei Orgânica. Naquele tempo, era a Lei Orgânica Paulista que ditava a legislação para todos os municípios. Hoje, a Lei Orgânica é de cada município, que, neste caso, estabelece a criação da Comissão Processante e cabe aos vereadores julgar a conclusão ou a improcedência do caso.
DEM
Muita gente perguntando porquê que o DEM, partido do vice-prefeito Renato Martins, não está na lista das agremiações políticas que pedem a cassação de Hery. A resposta é simples: o DEM não tem nenhum vereador. Só participam da lista os partidos que tem representação política na Câmara Municipal.
Eliezer
Já o PV (Partido Verde), do Eliezer Casali, tem três vereadores e está entre os partidos denunciantes e sem nenhum receio. Ao contrário de outros dirigentes que evitaram a imprensa, o presidente do PV foi direto ao assunto e assumiu publicamente a sua decisão.
Filho de peixe
Pouca gente ficou sabendo, mas é verdade. Etivaldo Gomes Filho, filho do Vadão Gomes, ex-deputado federal e que já foi um cacique político dessa região, chegou a ensaiar a sua candidatura a deputado neste ano. Preferiu desistir.
PP
Vadão era a liderança do Partido Popular (PP) de Paulo Maluf, que hoje está preso na Papuda.O deputado federal Fausto Pinato, de Fernandópolis, tornou-se um dos comandantes daquele partido em São Paulo. Osmair Ferrari, presidente da Câmara, também é filiado ao PP.
Acorda Prefeito
O prefeito Marcelo Crivela (PRB), do Rio de Janeiro, aparece nas redes sociais convidando os turistas para o Carnaval, dizendo que “aqui está tudo muito tranquilo”. Eu, heim! A guerra travada entre a polícia e os traficantes está aterrorizando até quem mora lá. Imagine o visitante distraído.
Ouvindo opiniões
Consta que o deputado federal Fausto Pinato (PP), com base em Fernandópolis, está sondando correligionários para saber qual o melhor nome para disputara eleição para governador. Na sua lista, as opções são João Dória (PSDB), Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB)