E agora?
Muito trovão para pouca chuva. Foi assim que resumiu um assíduo frequentador da Câmara a sessão da última quarta-feira. Havia expectativa de muito barulho e auditório lotado em vista do pedido de cassação do vereador Hery Kattwinkel.
Reação
Todavia, a sessão da Câmara transcorreu com tranquilidade. O discurso mais apimentado foi o do Hery, como era de se esperar. Ele justificou que a denúncia recebida tem caráter político e apontou a culpa no grupo do prefeito.
2 fora
Dos seis partidos que inicialmente protocolaram o pedido de cassação do Hery, sobraram quatro. Conforme noticiado nesta coluna, na impossibilidade da denúncia ser apresentada por representação partidária, o documento foi assumido como “pessoa física” pelos presidentes de quatro siglas partidárias (Solidariedade, PV, PP e PTN).
De fora
Diante do exposto, o partido PR, presidido por Jorginho Xavier, do Departamento de Cultura, da Prefeitura, por via de dúvidas, se eximiu de assumir como denunciante. A mesma iniciativa foi tomada por Carmem Cristina Franco, presidente do PTN, partido este que seria beneficiado com a cadeira de Hery caso a Câmara venha a acatar a cassação.
Dr. Ali
Nos bastidores da Câmara, o que se comenta é de que a denúncia protocolada pelos partidos PT e Psol pedindo a cassação do vereador Dr. Ali não vai prosperar. Tudo indica que não passa das comissões técnicas do Legislativo. Os comentários são de que não há base legal para instruir o processo.
Defesa
O vereador Dr. Ali está tão consciente de que não corre risco de cassação que até no seu discurso, de quarta-feira, na tribuna, pediu ao eleitorado para não defendê-lo pelas redes sociais ou WhatsApp. “Quero que os vereadores apreciem a denúncia com consciência e tranquilidade, sem nenhuma pressão externa”, comentou.
Pressão
O pedido do dr. Ali para se evitar “pressão” de eleitores sobre os vereadores quanto a denúncia motivou insinuações de que isso já estaria acontecendo, mas pelo lado do Hery. Vereadores de diferentes partidos estariam recebendo mensagens de supostos eleitores sugerindo posicionamento. Publicamente, ninguém comentou o assunto.
Polêmica
O presidente da Câmara, Osmair Ferrari, manifestou-se preocupado com o momento político da cidade. Ele disse que “essas representações” (denúncias) apresentadas na Câmara repercutem na imprensa regional e podem comprometer o nome da cidade, que, por tradição, sempre pautou pelo elevado nível da sua política.
Próximo capítulo
De qualquer forma, o caldeirão tende a esquentar ainda mais na sessão da próxima segunda-feira. Na oportunidade, o documento dos representantes de partidos deverá ser lido e colocado em votação. Com o voto da maioria simples dos que estiverem em plenário, a denúncia será acatada ou rejeitada. Se aprovado, o documento será então encaminhado as Comissões e entra em tramitação por um prazo que pode ser de até 90 dias.
Futebol
O C.A. Votuporanguense conquistou na quarta-feira mais um empate com gosto de derrota. Desta vez, a Alvinegra cedeu o empate ao Rio Claro após estar vencendo o jogo por 1 a 0. Foi o segundo empate consecutivo dentro de casa. O outro foi no sábado passado contra a Portuguesa (2 a 2).
2 pontos
Dos seis pontos disputados dentro de casa em menos de uma semana, a Votuporanguense somou apenas dois. O que consola é que o time não é ruim. Nos dois jogos a equipe local mostrou superioridade em campo e mereceu a vitória.
Amanhã
E a representação local não tem tempo para lamentar os pontos perdidos. Amanhã já tem um novo jogo, desta feita em Barueri, diante do Audax, equipe rebaixada no ano passado da elite do futebol paulista. É uma chance de buscar fora os pontos perdidos em casa.
De saída
O que tem decepcionado neste Campeonato é o público torcedor. Longe dos dois mil ou mais que compareciam no velho estádio “Plínio Marin”, hoje os pagantes não chegam a um mil. A justificativa continua sendo a falta de cobertura da arquibancada.