Turbilhão
Não bastasse o “caça cabeça” de vereadores na Câmara, que já azedou o clima político na cidade, agora é a Fundação Educacional que pede passagem e está colocando mais pimenta nesse angu. A tendência é a “panela de pressão” explodir na próxima semana.
Câmara
A sessão de amanhã tem todos os ingredientes para pegar fogo. Está na pauta o primeiro embate para os vereadores no episódio da cassação do vereador Hery. Em voto aberto, os vereadores vão dizer se acatam (ou não) a denúncia contra o edil. Com o mesmo ritual, deve ser votado também o pedido de cassação do vereador Ali.
Bastidores
Pelo que se ouve nos bastidores, a tendência natural é de que os vereadores, com base no processo, vão acolher a denúncia contra o vereador Hery. Já não se tem a mesma certeza sobre o processo contra o Dr. Ali. Os crimes alegados nos dois processos são diferentes e, segundo entendidos, o caso do delegado não se justifica. Mas é bom esperar.
A votação
Conforme já divulgado, a Câmara acolhe (ou não) o pedido de cassação dos vereadores pela maioria simples de votos dos vereadores que estiverem no plenário. Se aprovado, o processo entra em tramitação nas Comissões e, caso comprove, volta em votação no plenário exigindo 2/3 dos votos dos vereadores para sacramentar a cassação.
Resumo da ópera:
A cassação do vereador, regimentalmente, deverá ser cumprida (ou não) em dois rounds no plenário. E o primeiro já é nesta segunda-feira. É de arrepiar.
Mais combate
Partindo do princípio de que o Dr. Ali teria cometido irregularidade por seu filho haver participado de uma licitação na Prefeitura. Outros dois vereadores estariam encurralados na mira dos partidos políticos pelo mesmo pecado.
Golias contra David
Rodrigo Beleza, que é filho do empresário dono do Grupo Converd, responsável pela coleta de lixo, e o vereador Daniel David, este é acusado de ser ligado a uma empresa de transporte coletivo que teria prestado serviço à Prefeitura. Os dois também vão para o “paredão”.
Polícia
O clima é tão tenso na Câmara Municipal que, segundo consta, pela primeira vez nos tempos modernos o presidente do Legislativo requisitou reforço da Polícia Militar para garantir a segurança na sessão de amanhã. Há quem diga que o próprio presidente, Osmair Ferrari, está tremendo e precisou tomar calmante.
Enquanto isso...
Na Fundação Educacional o caldo também azedou. O presidente da FEV, Celso Luiz Alves dos Santos, não gostou nada do pronunciamento recente do vereador Daniel David, como líder do prefeito, tecendo críticas à administração da Unifev. Como o vereador é líder do prefeito, Celso Alves dos Santos já interpretou o caso como “pau mandado”.
O troco
Sexta-feira, no ato inaugural do complexo esportivo e na presença das mais representativas autoridades do município, o presidente da Fundação Educacional deu o troco. Ele foi o último a falar na cerimônia e acusou interferência política na instituição que dirige. Usando metáforas e sem citar nomes, ele disse “gato e sapato” para quem quisesse ouvir.
Sai debaixo
Para alguns dos presentes, o discurso de Celso teve endereço certo. Consta que ele já não suporta mais as articulações envolvendo políticos para tumultuar o processo sucessório que vai ocorrer ainda no final do ano na Fundação. A guerra está declarada e ele se mostra armado até os dentes.
Presidenciáveis
O que rola nos bastidores é de que o grupo da Fundação Educacional tem a sua candidatura natural. A tendência é promover o atual tesoureiro Paulo Albertone ao cargo de presidente na próxima gestão. Já o grupo político contra-ataca com o atual presidente da Associação Comercial, Celso Penha. É bom deixar “bombeiros” de plantão para apagar esse incêndio.
Abadás
E para fechar a coluna, um outro assunto quente deste fim de semana. Não foi só o Oba! que vendeu abadá neste Carnaval. Alguns vereadores entraram na concorrência e faturaram um “extra” oferecendo o abadá que eles ganharam de presente. Nem só de subsídio vive um vereador.
Quem dá mais...
Contam que por gentileza e respeito ao Poder Legislativo, o Oba! contemplou cada vereador com três abadas. Um deles não quis receber na hora e na frente dos colegas. Mas, dizem, que depois foi buscar o seu para vender. Um outro edil, defensor da pobreza, foi vender lá no portão de entrada do Oba! Na verdade: atire a primeira pedra quem não vendeu o seu.
Pode isso, Arnaldo?
Numa rápida consulta feita pelo “Anote Aí”, entre os participantes de todas as noites de Carnaval, apenas dois nomes foram lembrados de serem visto nos camarotes: Wilmar da Farmácia e Rodrigo Beleza. Mais uma coisa é certa: todos abadás distribuídos na Câmara dançaram no Carnaval deste ano. E renderam alguns trocados.