Secretário
O volumoso processo contra os vereadores denunciados, na sessão da última segunda-feira, levou o primeiro secretário da Câmara, Marcelo Coienca, a cometer alguns tropeços em palavras durante a leitura do documento. Tudo passível de erro e nada comprometedor.
Justificativa
O processo continha alguns termos jurídicos que não é comum no linguajar popular. E pior: o barulho provocado no auditório pelos manifestantes, que encobria o som da mesa diretora dos trabalhos, estava sufocante. Assim, ficou difícil a concentração do secretário por mais habilidade que ele possa ter com a leitura em público.
Resumão
Nesta semana, Douglas Lisboa, vereador licenciado e atual procurador geral do Município, lembrou que na legislatura passada, ele, com primeiro-secretário da Câmara, enfrentou a leitura de um calhamaço num processo de mais de 400 páginas que então pedia, na época, a cassação do vereador Edílson do Santa Cruz. O processo não deu em nada.
Tarimba
Douglas, advogado tarimbado, acostumado a lidar com volumosos processos, acabou tirando de letra (literalmente) e resumiu as 400 páginas na leitura do expediente. Segundo comentou, ele grifou os principais pontos do processo e fez a leitura com naturalidade. Na verdade, ninguém percebeu e nem tinha como fiscalizar a leitura de inteiro teor.
O cargo
Por essas e por outras, o cargo de primeiro-secretário da Câmara, embora honroso e que mais destaca o vereador, depois da presidência, tem lá também o seu espinho para quem exerce. Normalmente, ele é ocupado por vereador de fácil comunicação, advogado ou profissional de imprensa, como foi com o saudoso vereador Aguinaldo de Oliveira. O “papa” da secretaria do Legislativo.
Brasília
Mudando de assunto, o prefeito João Dado esteve em Brasília nesta semana. A princípio não foi divulgada a sua agenda na capital federal. Sabe-se, no entanto, que ele tinha audiência marcada em alguns ministérios. Com o seu retorno, deve sair um balanço da viagem. E, como sempre, com resultado positivo.
Cadê o Cesinha?
Quem anda sumidinho é o chefe de gabinete e presidente do partido Solidariedade, o César Camargo. Ele não tem respondido e nem retornado aos telefonemas da reportagem do A Cidade. Procurado na Prefeitura, a resposta é de que ele não se encontrava no gabinete. Volta, Cesinha! A gente espera.
O suplente
O suplente de deputado Junji Abe (PSD), ex-prefeito de Mogi das Cruzes, assumiu a vaga de Paulo Maluf (PP) na Câmara dos Deputados. Maluf foi afastado do cargo nesta semana e encontra-se preso na Papuda condenado por corrupção.
O suplente II
O diabo é que o suplente de Maluf também não é nenhum “ficha limpa”. Junji Abe responde a dezenas de processos na Justiça por improbidade administrativa. Na Câmara, saiu o sujo e entrou o mal lavado.
De novo, Dirceu?
O ex-ministro José Dirceu tornou-se réu pela terceira vez por decisão do juiz Sérgio Moro. Em seu despacho, Moro considerou haver indícios de que o ex-ministro petista recebeu propinas de R$ 2,4 milhões das empreiteiras Engevix e UTC, de dinheiro desviado da Petrobras. Dirceu já está condenado em dois processos na Laja Jato que somam penas de 41 anos de prisão. Vai precisar de outra vida para ficar limpo com a Justiça.