Clemência
O discurso do vereador Emerson Pereira (SD), na sessão de segunda-feira, na Câmara, deixa claro que o “nobre edil” está pedindo arrego. Ele teceu considerações elogiosas à administração do prefeito João Dado (SD) de quem havia falado “gato e sapato” por ocasião da sua exoneração do cargo de secretário de Direitos Humanos.
Baixou a bola
Emerson já não é mais o mesmo vereador agressivo que comprava briga com a Prefeitura, colegas secretários e instituições, como a Santa Casa. Aliás, na tribuna da Câmara, ele também pediu conciliação com os diretores da Santa Casa que o estão processando por danos morais, no episódio do início do ano, quando em vídeo gravado humilhou o hospital e seus diretores.
Senhor dos anéis
Dono da maior votação para vereador em duas eleições seguidas, Emerson Pereira ganhou secretaria na Prefeitura e muito poder já na administração passada. Há quem diga que o ex-prefeito Junior Marão só criou a Secretaria de Direitos Humanos para acomodar o Emerson. Lá ele peitou até colegas titulares de outras pastas, como a Educação e Assistência Social. Queriam a cabeça dele.
Na linha de tiro
O ex-prefeito Marão teve que contornar situações delicadas do Emerson. Bem no seu estilo Juninho Marão, “passou a mão na cabeça” do Emerson e dos colegas descontentes com ele e acomodou a situação. Na nova administração Emerson foi reconduzido à pasta dos Direitos Humanos, mas o Dado não é tão bonzinho. Não tem o perfil de “passar a mão na cabeça de ninguém”.
Direita, volver!
Quando o Emerson Pereira retornou à Câmara, após exoneração da Secretaria, os meios políticos agitados aconselhavam: o Dado que se cuide! O prefeito soube absolver os golpes iniciais e, com habilidade, vai levando o Emerson para as cordas. Pelo andar da carruagem, o ferrenho adversário do início do ano pode ser um grande aliado.
E mais,
O Emerson não deve ser desprezado pelo grupo político pelo tanto de voto popular que ele representa nas urnas. Dizem nos bastidores que ele já tem compromisso fechado com candidaturas para deputado na região. Isso interessa ao Dado e ao grupo. Sendo assim, calma, Emerson! Em ano eleitoral, a gente se acerta. Ou alguém dúvida?
Rio Preto
Se na Câmara de Votuporanga o momento é sereno e de aproximação, em Rio Preto o clima legislativo está “pegando fogo”. Na sessão de terça-feira, um bate-boca entre os vereadores Fábio Marcondes e Marco Rillo saiu até tapas e cotoveladas. Outro vereador, Anderson Branco, tomou as dores de Marcondes e partiu pra cima de Rillo. Na confusão ele caiu duas vezes ao ser contido por outros edis. Parecia briga de moleques de rua na saída da escola.
Vem, se for homem!
Ainda no bafafá da Câmara de Rio Preto, o vereador Pauléra chegou a tirar o paletó e chamou o Rillo para a briga. Houve intervenção até da Guarda Municipal. Diante daquele cenário, o último clima quente na Câmara de Votuporanga é apenas um refresco se comparado à Câmara de Rio Preto. Lá tem vereador chamando a mãe do céu para socorrê-lo.
Jogo de cena
Mudando de assunto, na coluna “radar” da revista Veja desta semana tem esta nota: “Nada convence Fernando Henrique Cardoso de que Michel Temer será candidato (ainda mais com uma nova denúncia à vista). Ele lembra que, historicamente, o MDB abandona os seus postulantes a presidente, como ocorreu com Ulysses Guimarães e Orestes Quércia”.
Outra
Ainda da coluna Radar, rusga no ninho: “No entorno de João Dória, FHC vem sendo chamado de “Pelé” da política. O melhor dentro de campo, mas um péssimo comentarista fora dele”
Revoada tucana
A debandada tucana na Assembleia Legislativa já conta com quatro deputados. O líder de governo Barros Munhoz trocou o PSDB pelo PSB de Márcio França que vai disputar o governo de SP. Os deputados João Caramez e Roberto Engler tomaram o mesmo destino. Fernando Capez, também do PSDB, está de malas prontas. Já o Coronel Telhada também saiu, mas filiou-se no PP
De saída:
Já o PSDB trata de repor a perda da bancada. Nesta semana, como previsto, filiou o deputado de Fernandópolis, Gilmar Gimenes, e também Márcio Camargo. Agora os tucanos estão tentando a adesão de Paulo Correa Junior. Quem dá mais.