A greve
Ouvido no rádio, olho na TV e nos jornais. Tamanha incerteza para os próximos dias. A greve dos caminhoneiros coloca este país em estado de alerta. Já não se fala em outra coisa. A pergunta é “até quando?”. Brasília, aparentemente, perdeu o comando da situação. O navio está à deriva.
Sem combustível
Ontem, a preocupação maior era para quem precisava viajar. Carro pequeno não enfrenta bloqueio nas estradas, mas o que adianta se não tem combustível. Um votuporanguense que precisava estar em SP hoje, telefonava para todos os postos da rodovia Washington Luiz. A resposta era sempre a mesma: acabou.
Acordo
O acordo anunciado pelo governo na noite de quinta-feira não comoveu os grevistas. E mais um agravante: houve uma concessão apenas para o diesel, o que desagradou também os consumidores de gasolina e etanol. E mais: o comentário é de que o “uso das Forças Armadas tende a piorar ainda mais a situação”.
Enquanto isso,
João Dória, pré-candidato ao governo de SP, pelo PSDB, diz ser alvo de “fake news” em vídeo que está circulando nas redes sociais. Veja o ele diz:
A mensagem
“Alguns inescrupulosos têm espalhado nas redes sociais um vídeo com uma declaração feita por mim em abril de 2017 sobre outro assunto, que eles mentem dizendo ser sobre a greve dos caminhoneiros. Impressionante a capacidade de pessoas do mal de manipularem informações para enganar a população. Meu repúdio”, escreveu João Dória.
Processo
A propósito, o ex-prefeito da capital, João Dória, pré-candidato ao governo de SP, está processando o atual governador Márcio França (PSB) pelo uso da máquina e promoção pessoal em ato realizado dia 5 último, em Rio Preto. “Ele fez um discurso que teve tom eleitoral e depois divulgou um vídeo nas redes sociais do governo que parece peça publicitária”, declara o advogado do tucano, o dr. Flávio Henrique Pereira.
Bola dividida
O acirramento do embate entre João Dória e Márcio França preocupa o entorno do ex-governador Geraldo Alckmin. É que ambos os candidatos ao governo de SP são aliados de Alckmin na corrida eleitoral para o Palácio do Planalto.
Hawilla
A morte do empresário de comunicações, dono da TV TEM, Jota Hawilla foi notícia a nível nacional. Homem ligado ao futebol, condenado entre os dirigentes da CBF, ganhou notoriedade nacional. Mas nem sempre foi rico e tão famoso.
Votuporanguense
J. Hawilla trabalhou em Votuporanga como empregado da rede Piratininga. Ele foi narrador esportivo e gerenciou a Rádio Piratininga, lacrada em 1974 pelo governo militar. Foi o narrador esportivo na memorável campanha da A. A. Votuporanguense, em 1967, que culminou com a grande final com o XV Piracicaba, no Pacaembu, em São Paulo. O Hawilla estava lá.
A equipe
Cláudio Craveiro, hoje na Rádio Cidade, fez parte da equipe de J. Hawilla na Piratininga. Além dele, estavam os repórteres Beni Andrade e Luiz Carlos Bordoni. O plantão informativo era o Célio Honório, hoje dono do Posto Trevão.
O retorno
Depois de rico e famoso, J. Hawilla retornou duas vezes em Votuporanga. Uma foi na inauguração da sucursal da TV TEM, ainda na rua São Paulo, esquina com a Paraíba. A outra foi para receber o título de Cidadão Votuporanguense outorgado pela Câmara Municipal, num projeto do vereador Meidão.
Reencontro
Nas duas oportunidades recentes que esteve em Votuporanga, ele foi assediado por velhos amigos do tempo da Piratininga. E aproveitou para recordar passagens importantes da sua carreira profissional, reconhecendo muita gente que foi da sua convivência na cidade.
De saída:
Entre as suas memórias de Votuporanga, tem aquela que Hawilla, dirigindo um carro fusca, conhecido como “pé de boi”, saiu de Votuporanga só por estrada de terra para transmitir um jogo da Alvinegra em Tupã. O retorno foi tarde da noite. Episódios como esse parecem inacreditáveis diante do sucesso conquistado mundo afora como empresário e dono de rede de televisão.