Candidaturas
A sucessão do prefeito João Dado (SD) voltou a ser assunto nesta semana. Tudo isso porque surgiram comentários de que dificilmente o ex-prefeito Junior Marão vai encarar uma nova administração. Ele estaria sendo aconselhado pela família a ficar, definitivamente, de fora da política. O impasse é que ele gosta e foi picado pelo mosquito azul.
Reeleição
Por outro lado, os políticos que observam o cenário local apostam que o prefeito João Dado tem dado todos os sinais que vai encarar a reeleição. Para esses políticos, os questionamentos dos últimos dias sobre dívida herdada na Prefeitura atestam que o atual mandatário procura justificar ações que ele gostaria de concretizar. O novo prédio da Prefeitura, por exemplo.
Carlão
Dizem que o deputado Carlão já manifestou que tem vontade voltar à Prefeitura. No cenário atual, isso é improvável. Ele está muito bem em SP como líder do governo na Assembleia e tem amplas possibilidades de galgar postos mais ambiciosos no governo do que a Prefeitura de Votuporanga. Isso, contudo, não o descarta da política local. Ele tem os seus apadrinhados.
20 anos
Quando foi eleito prefeito no ano 2000, Carlão Pignatari teria profetizado numa reunião do grupão: “vamos manter o grupão no governo por 30 anos”. Com ele, o Junior Marão e o Dado vão se completar 20 anos. Será que o grupão vai rachar agora ou vai manter a profecia do Carlão?
Cenário
O que se ouve pelas ruas da cidade é o seguinte: se Junior Marão for candidato a prefeito, não tem pra ninguém. Sem ele estiver “fora do páreo” só Deus sabe, mas não revela. Haverá candidatos a dar com pau e para todos os gostos.
Vaz de Lima
Mudando de assunto, em Rio Preto é dado como certo que o deputado Vaz de Lima, que não conseguiu a sua reeleição, será indicado para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, órgão que funciona na capital paulista. Vaz de Lima é amigo do votuporanguense Luiz Alberto Mansilha Bressan, ex-provedor da Santa Casa.
Perfil
Vaz de Lima tem como profissão agente fiscal de rendas. Os conselheiros do TCE são os responsáveis pela fiscalização e julgamento das contas do Estado e dos municípios. O Tribunal já tem alguns ex-deputados como Dimas Ramalho e Sidney Beraldo, que foi colega de partido de Vaz de Lima. Nesse perfil, Vaz de Lima encaixa direitinho.
Fechamento
Passou despercebido o fechamento de um dos estabelecimentos comerciais antigos da cidade: o Hotel Cruzeiro do Sul. O estabelecimento localizado na rua Ivaí, esquina com a Pernambuco, estava em atividades desde os anos 60 e nos últimos anos passou por remodelação e construção de uma nova ala para hóspedes.
Patrimônio
Nos últimos anos, segundo consta, o Hotel Cruzeiro do Sul estava arrendado para uma empresa do ramo hoteleira que desistiu do negócio no vencimento do contrato. Segundo se especula, o hotel pode até voltar a funcionar com novos empreendedores. Mas, por enquanto, está fechado.
Carnaval
Um amigo paulistano, o Olavo, era presença sagrada em Votuporanga durante o Carnaval dos anos 70. Ele fazia parte da bateria de uma das escolas de samba. Aguardava sempre com ansiedade a chegada do Carnaval para pegar a estrada. Encontrei-me com ele ontem. Agora veio trazer filhos para o OBA!
De pai pra filho
História como essa são comuns entre os carnavalescos mais antigos. No passado, era na rua e agora em recinto fechado e um novo modelo de festejar o Momo. Olavo disse que ficou indignado quando a filha perguntou: “Votuporanga é longe? É lá que quero passar o Carnaval.”
O sequestro
Não dá para esquecer nunca o maior episódio do Carnaval de Votuporanga: o sequestro do Rei Momo. Na época, era costume, na abertura do Carnaval a população rumava para a estação de trem para recepcionar o Rei Momo. Era uma grande festa. Mas, em 1976, o trem chegou e o Rei Momo não estava para o desembarque. Uma grande frustração. O Rei Momo fora sequestrado.
Birra
O Rei Momo sequestrado foi André Micelli que na hora que chegou para o embarque no trem, na estação de Valentim Gentil, foi impedido por um grupo de rapazes. Contaram depois que haviam outros pretendentes ao posto de Rei Momo na cidade. Frustrado pela escolha da Comissão Organizadora, eles decidiram vingar, impedindo a chegada triunfal do Rei Momo naquela noite.
Vaia
Outros episódios marcaram o Carnaval do passado em Votuporanga. Nada se compara a maior vaia já ouvida dentro do Votuporanga Clube. Foi no Carnaval de 1971. A competição foi entre os dois maiores blocos carnavalescos que desfilaram: “Brasil México-70” e “Vendedores em Tecnicolor”. Em razão da Copa do Mundo, o Brasil México-70 tinha preferência popular. A Comissão Julgadora optou pelo empate. O clube estremeceu.
De saída:
Quando se fala no Carnaval do passado, alguns nomes merecem menção honrosa: Santa Fé, o Rei Momo Jurani Pereira da Silva, Juliano Bombom, Borboleta, a fantasia de Cláudia Arantes (Deixa Cair), o Cisne do Assary, o Zuís Preto fundador da Mulata, Edemar Costa e seus irmãos de Manaus, o saudoso Nei Vivo, a dona Reginar Aydar, as diretorias dos clubes (Rames Cury e outros) e tantos brilhantes carnavalescos que ainda desfilam em nossa memória.