Candidatura
O ex-prefeito Junior Marão dá sinais claros que a sua decisão final não passa deste mês. Este é o assunto que não quer calar nos meios políticos: ele sai ou não candidato neste ano? Já nem todos tem convicção da sua disposição em concorrer. Mas torcida não falta.
Os contra
Para os mais chegados ao ex-prefeito, o principal obstáculo para a sua candidatura está em casa. O próprio irmão dele, o Carlinhos Marão, tem dito que o homem é livre e independente para decidir, mas que a família gostaria de tê-lo mais próximo e distante da política. Carlinhos justifica que o irmão já deu a sua contribuição para o município em duas gestões.
Seba
Na incerteza de Marão como candidato, cresce as especulações sobre possíveis nomes a serem lançados no grupão e que teria o apoio do deputado Carlão e do próprio Marão. Entre outros já ventilados, ganha força o arquiteto Jorge Seba, que já foi presidente da Câmara e candidato a prefeito nos anos 90. Na roda política, hoje ele tem cacife para ser o nome do grupo.
Outros
Outros prefeituráveis no grupão: o vereador Rodrigo Beleza, do DEM, nunca negou que tem pretensões. Nos últimos dias falou-se também no vice-prefeito, o Renato Martins, que também é do DEM. O Partido Progressista tem acenado com o presidente da Fundação Educacional, dr. Celso Penha e até o empresário Walmir Dornelas é um nome lembrado.
Oposição
Com Juninho ou sem Juninho, a oposição já trabalha com o nome do vereador Hery Kattwinkel que se apresenta como o principal opositor. João Garcia também se diz prefeiturável e aguarda a formação do páreo. Tem ainda o dr. Benedito já declarado pré-candidato pelo PT. E por aí vai.
Aguardando
Este cenário tende a mudar nos próximos dias em vista do calendário eleitoral. Nem todos que se dizem candidatos vão, de fato, para a disputa e já outros nomes podem aparecer na disputa. Os partidos começam a definir os seus candidatos aproveitando a janela que se abre para os ocupantes de cargos eletivos se encaixar no quadro atual.
Vereadores
Estima-se que candidato a vereador em Votuporanga vai precisar de 1.000 votos para garantir uma das 15 cadeiras na Câmara Municipal. Lideranças políticas calculam que o quociente eleitoral seja de 3 mil votos na disputa proporcional, ou seja de vereadores. Há expectativa de que vão disputar a Câmara cerca de 120 candidatos.
Queda
Alguns políticos tarimbados especulam que o quociente eleitoral, que era de 3 mil votos na eleição passada, pode sofrer uma queda de até 10% se considerar que muitos eleitores não fizeram a biometria. Isso acontecendo o quociente eleitoral pode ficar na faixa dos 2.700 votos.
A lei
Na última quarta-feira, dia 4, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legal o artigo da lei eleitoral que, para que o candidato seja eleito ao cargo de vereador, tenha 10% do quociente eleitoral. O objetivo é corrigir distorções na eleição proporcional, ou seja, tentar evitar que puxadores de votos elejam outros nomes da legenda com votações inexpressivas.
Negado
Os ministros do STF julgaram improcedentes a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo Patriota, que questionava a legalidade do limite mínimo de votação individual de 10% do quociente eleitoral para preenchimento das vagas nas eleições proporcionais. A decisão foi unânime.
O relator
O ministro Luiz Fux, relator do processo, afirma que o objetivo da medida é evitar que o puxador de votos no pleito para deputado ou vereador eleja candidatos que não tem o mesmo desempenho nas urnas e preparo para a vida política.
O eleitor
Fux assinala que: “O eleitor brasileiro vota no candidato. No sistema de lista aberta, são os eleitores que definem quais os candidatos de um partido que devem ser eleitos”, afirmou em nota.
Exemplo passado
Fux lembra ainda que na eleição de 2018 a aplicação desse dispositivo impediu a eleição de oito candidatos a deputado federal, que, juntos, somaram 171 mil votos. Por sua vez, os candidatos eleitos que se beneficiaram somaram seis vezes mais (609 mil votos). “Foi uma escolha razoável do legislador”, destaca o ministro.
De saída:
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