Hoje, 5 de outubro, comemoramos o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. Uma data simbólica, que busca valorizar e reconhecer a força e importância dos pequenos negócios no nosso país.
Após anos de crise econômica e política, quando 14 milhões de brasileiros ficaram desempregados, o empreendedorismo torna-se alternativa, talvez a principal delas, para a população superar as dificuldades financeiras e construir um futuro melhor.
Na Frente Parlamentar de Apoio ao Empreendedorismo, que presido na Assembleia Legislativa, discutimos e propomos políticas para melhorar a competitividade das micro e pequenas empresas, uma vez que essa é uma saída para a crise econômica, e algumas iniciativas estão ao nosso alcance.
No Brasil temos mais de 10 milhões de micro e pequenas empresas, que faturam até R$ 3,6 milhões por ano, geram emprego e movimentam a economia de nossos municípios. É o segmento que mais cresce no país.
Mas as dificuldades dos empreendedores são muito grandes. Além do ambiente de negócios ser desfavorável, muitos não se planejaram para iniciar um negócio próprio. Aqueles que estudaram e fizeram faculdade não foram preparados para ser empreendedor e sim para ser empregado! Este é um grande problema, que afeta o crescimento e o desenvolvimento das empresas. O empreendedor precisa conhecimento técnico e de gestão. Precisa saber trabalhar com pessoas, liderar projetos, ter iniciativa, correr riscos calculados, enfim precisa controlar seu destino.
Assim fizemos a Lei Estadual 15.693/201 que, no início de agosto, foi regulamentada pela Secretaria de Educação por meio do Plano Estadual de Educação Empreendedora. É uma legislação pioneira que tenho muito orgulho, muita satisfação. Por sua capilaridade e pela grande importância do tema, o Plano Estadual de Educação Empreendedora tem um potencial transformador e poderá contribuir para uma nova consciência de trabalho, participação e inovação na rede estadual de ensino.
A nova legislação passa a nortear o ensino de mais de 3,7 milhões de estudantes das 5 mil escolas da Secretaria da Educação e 221 ETCs do Centro Paula Souza.
A inclusão do empreendedorismo na educação não se dará apenas com uma ação isolada, de inclusão de uma disciplina na grade curricular. O desafio da educação empreendedora é contribuir para a formação global do ser humano, de maneira que o estudante se torne empreendedor das suas próprias iniciativas, responsável pelo seu futuro, tornando-se autônomo e transformando-se em pessoa ativa na mudança cultural e social de seu ambiente.
O fortalecimento da cultura do empreendedorismo é um desafio de todos nós.