Rogério Assis
** Com o desempenho muito abaixo das expectativas, a seleção foi mal no empate com a Suíça, mas o resultado não deve ser encarado como uma catástrofe. O mais preocupante foi a atuação sem nenhuma inspiração no segundo tempo, e na sexta-feira o time vai ter que jogar mais bola se quiser se manter entre os favoritos ao título.
** O gol irregular não serve como desculpa, a forte marcação do adversário incomodou, mas diante de um ataque onde apenas Phillipe Coutinho se destacou, o ponto ganho foi o esperado. A ausência de Daniel Alves mostrou o quanto o time está sem opção para este lado do campo, já que Danilo não fez absolutamente nada, sobrecarregando o lado de Marcelo, que ficou órfão porque Neymar estava pouco inspirado.
** Nervosa e forçando lances, a seleção não vai conseguir sucesso na Copa e diante do que se viu no empate de domingo, Firmino deve ganhar a posição de Gabriel Jesus. Esforçado, o atacante esteve abaixo da média e seu substituto jogou menos tempo, mas criou mais oportunidades.
** O erro do árbitro César Ramos não vai lhe trazer problemas, e a FIFA avalizou o que foi feito por ele e a equipe de arbitragem. Nem mesmo a insistência em sequer observar o lance do gol da Suíça pesou. Ele pode até ver e achar que não aconteceu nada, validando o gol, mas o desprezo ao pedido dos jogadores brasileiros pegou mal.
** Rostov, onde o Brasil jogou domingo, não aprecia tanto o futebol e o hóquei no gelo é esporte que mais chama a atenção da população. A belíssima arena construída a custo de quase R$ 2 milhões após cinco jogos vai se tornar um “elefante branco”, pois o clube local, o FC Rostov, tem média de público pequeno em seus jogos e manter o estádio é impossível. Um cenário bem parecido com o que vimos no Brasil em 2014 e que deixou várias arenas abandonadas após a Copa.