São tantas pessoas comentando sobre tudo, alguns dão palpite até no futebol. Um a mais escrevendo alguma coisa não faz muita diferença, portanto, vamos lá.
Semana passada foi comemorado o centenário do Dr. Antônio Carvalho. Esse senhor que veio para Votuporanga décadas atrás viu muito do que aconteceu por aqui. Mesmo mais novo que ele, sei que o ilustre cidadão jamais se furtou em ajudar e participar de assuntos e aspectos de nosso desenvolvimento. Portou-se sempre, e assim continua, como um cidadão de bem.
Também semana passada faleceu o Waldemar Andreu, alguém que viveu na simplicidade, porém, sem dúvida, tinha suas convicções e sempre as respeitei.
Uma comunidade, mesmo sem fazer muitas alegorias, precisa lembrar de pessoas que participaram de suas discussões e que, sem dúvida, mesmo que as tais discussões não fossem do agrado de todos, agregaram benefícios para a cidade ou alertaram para certos aspectos.
Pensando assim, é muito importante lembrar que ser a favor de algum tipo de ditadura é o mesmo que cercear a liberdade de pensamentos diferentes. O nosso país precisa aprender conviver com a democracia. Se em algum momento, por diversos fatores ou mesmo um discurso populista e imediatista, a população escolher alguém para comandar a nação, o estado e o próprio município, que não correspondam com os anseios gerais, é muito fácil, na próxima eleição dispensam-se os serviços do cidadão.
Esse articulista é fã de uma reforma política consistente, séria e eficiente. No máximo uma reeleição para o mesmo cargo que depois de ocupado duas vezes, seguidas ou alternadas, impeça a volta do cidadão ao cargo, existem outros cargos que ele pode ocupar. Vai havendo um arejamento, pessoas vão sendo trocadas e ideias novas acontecem. Acaba-se com a profissionalização, tanto do eleito quanto dos apadrinhados. O voto distrital, também, em algum momento, precisa prevalecer, pois, afinal, quem conhece o postulante aos cargos são os que moram por perto do mesmo,
Nosso país, para proteger as reeleições, pecou bastante, obrigou-se por despesas desmedidas que em algum momento poderão se tornar insustentáveis ou já estão se tornando. E, tem mais, nesse momento de dificuldades, com a profusão de desempregados já existentes e os que poderão se juntar a eles, não é justo que a nação crie mais compromissos com cargos e salários. Aí fica uma pergunta: como fazer para cumprir esses compromissos? Do céu não cai, nem chuva tá caindo.