Oficialmente, tendo em vista a Copa do Mundo em plena ação, a disputa pelo Palácio do Planalto só terá início em agosto próximo, mas aos poucos já começamos a acompanhar os ideais e comportamentos dos pré-candidatos.
É evidente salientar que, em grande parte dos casos, acompanhamos com uma certa preocupação, já que não se percebe nessa movimentação a seriedade e o preparo necessários para o exercício de uma função da mais alta envergadura, que é a presidência da República, exatamente em um momento crítico como esse em que atravessa o Brasil, especialmente no que tange às dúvidas sobre o melhor candidato e que possa reunir melhores condições como chefe de estado.
O número de pré-candidatos ainda é imenso, comprovando com toda a sua eficácia o excesso de partidos, onde poderão sair vários candidatos que aspiram o Poder Central, cada um procurando apresentar sua plataforma de governo, para que o país trilhe pelo melhor caminho do desenvolvimento em todos os sentidos de crescimento.
Alguns nomes já se destacam desde o início do ano em curso, que são o ex-governador Geraldo Alckmin, Marina Silva, Henrique Meirelles, além de outros que, por certo, irão entrar na disputa, mesmo sem chances de vitória, mas nem por isso deixarão de fazer parte do processo eleitoral, visando seus objetivos de exercer o tão importante cargo, que é de presidente da República.
Entendemos que é preciso estar próximo ao posicionamento de cada grupo político, porque as divergências são partes que compreendem a democracia, porém, um cidadão que se propõe a ser presidente de um país precisa ter ao menos um pouco de senso crítico em relação ao que se espera do cargo que pretende ocupar. Para isso, partindo de uma plataforma razoável e que proponha soluções para os principais problemas enfrentados pela população, devam ser priorizados quando do início de uma gestão governamental.
É importante que o aspirante ao Palácio do Planalto não fique somente preso às suas plataformas iniciais e aos movimentos que deram acesso à sua popularidade e que envolve apenas uma parcela da população. É preciso algo mais, no sentido de convencer o eleitor, porque já está amadurecido, diante de promessas que são levadas a público quando em campanha e se eleito.
Candidatos desconhecidos do eleitorado poderão surgir, e o papel do eleitor, com certeza, é de analisar cada proposta, ouvir ideias e conhecer o comportamento desses nomes, principalmente de que forma irão conduzir os destinos do país, quando vem à mente de uma boa parte da população o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff e o conturbado início de governo do atual presidente da República, à vista de denúncias e que não deixaram de comprometer sua imagem.
Tudo pode acontecer nessa emaranhada situação em que vive o país, principalmente com a influência do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, não como candidato, mas colocando-se em evidência seu nome para fortalecer este ou aquele candidato, já que tudo faz parte dos jogos da política e não se constituem em novidade para a maioria dos eleitores esclarecidos.
De nada adianta a expectativa em torno das eleições de outubro próximo, no sentido de que seja um momento de conscientização do eleitorado e do voto responsável, para que o país possa deixar a crise para trás e finalmente retomar seu desenvolvimento sem a existência de candidatos definidos e alinhados a esse pensamento.
Sabemos que nenhum governo será capaz de fazer milagres, mas sempre há uma esperança de todos, para que tenhamos uma Nação mais justa e mais compreensiva à classe de baixa renda, a que mais sofre com os impactos da economia em todos os quadrantes da Pátria.
Precisamos, isto sim, de propostas para solução dos problemas econômicos e sociais, além da clareza e transparência nas informações essenciais sobre quem vai ocupar cargos de confiança, já que se torna impossível a um presidente tocar sozinho a máquina administrativa sem uma equipe de ministros que possa dar o seu quinhão de colaboração na condução dessa máquina e que venha a ser coroada de êxito por parte do futuro governo.