A Terra do Gelo, um arquipélago nórdico, é o símbolo da superação.
No século XV, metade de sua população foi vitimada pela peste negra; e, no século XVIII, uma epidemia de varíola resultou na morte de 1/3.
Assediada por vulcões, a Islândia já se achou assombrada por devastadoras erupções; e, mesmo recentemente, pela atividade contínua de um deles, por meses a fio.
A erupção de um desses vulcões no ano de 1783 resultou, posteriormente, na morte de mais da metade das espécies animais do país e na morte, por fome, de mais de I/4 da população.
Destroçada financeiramente em 2008, quando arruinaram-se seus principais bancos, implodidos pelo esquema internacional de concessões de créditos sem garantias, créditos podres, iniciado nos Estados Unidos, ergue-se a olhos vistos, rumo ao patamar que lhe é devido exclusivamente pelo mérito - porque, antes de mais este desastre, era o terceiro país mais desenvolvido do mundo, e, hoje, no tudo e por tudo, o seu índice de desenvolvimento humano (IDH) ainda é o nono mais elevado do mundo.
A Terra do Gelo é um dos países com melhores indicadores de saúde do mundo, e toda a área de saúde é pública, acessível a qualquer cidadão: não existe setor privado de saúde no país.
A expectativa média de vida no país é de 81,8 anos.
A educação é prioridade na Terra do Gelo, e, princípio basilar, o oferecimento de oportunidades iguais a todos, em todos os níveis da formação do indivíduo.
3/4 da população afirmou, em pesquisa recente, estarem contentes, com suas vidas.
Estas são informações colhidas na Wikipedia, e em toda parte.
A verdade é que um povo voltado ao princípio da educação como base de sua sociedade, reconstrói-se, reconstrói-se e se reconstrói, quantas e quantas vezes lhe forem impostas. E com rapidez surpreendente; qualidade e superação cada vez maiores.
A cada superação, a cada novo e redobrado esforço, a qualidade se aprimora.
O desenvolvimento cresce e aparece.
A verdade é que um povo quando prima pela educação, e enquanto esta é seu esteio fundamental, não se destrói e nunca se vê à beira do abismo - sempre e em todo canto ensejada pelos “ mais espertos” -, que não consiga sair da situação com muita, e muita honra.
A gente torce por quem merece - pelo menos é assim entre as pessoas de bem.
Por quem demonstra coragem, garra, vontade de vencer.
E vence: vulcões, frio extremo, isolamento, epidemias, ataques especulativos ao seu sistema financeiro.
O que, é claro, no caso de um país, só se faz possível quando todo um povo ama, de fato, a sua terra, a sua história, e luta por ela.
Provavelmente não ganharão a Copa do Mundo - neste ano -, estão apenas começando.
Mas que alegria vê-los jogar. E, principalmente, levar seu exemplo para o mundo, via satélite.
A Islândia é um caso clássico de pouca geografia e muita história - preservada, apreciada.
É claro, que, ao revés, países com muita geografia e pouca história, retrataram, no mais das vezes, casos tristíssimos de individualismo mesquinho, e não vão, de fato, a lugar algum - mas isto é uma outra conversa.