Dia desses alguém bem mais jovem que eu me perguntou qual seria o presidenciável merecedor do voto. Difícil responder nesse momento, não sabemos definitivamente nem quem será mesmo candidato e quem serão os vices. Até o começo de agosto pode haver novidade por aí, não de novos candidatos, mas, sim, de quais dos que se apresentam até agora poderão ter oportunidades, a dança das cadeiras é que vai mostrar quem tem viabilidade. O tempo de TV é muito importante e poderá custar muito caro e, também, fazer com que muitas convicções e programas sejam mudados.
Enquanto não houver uma reforma política que produza seriedade, estaremos convivendo com o famoso “toma-la-dá-cá”, comandado pelos donos de partidos, aliás, esse assunto – partido – tornou-se um grande negócio. Enquanto não aparecer um brasileiro de coragem e bem intencionado que empunhe a bandeira de uma nova legislação partidária, vamos ter de conviver politicamente aos trancos e barrancos e com a economia em frangalhos. Talvez um governador paulista possa empunhar essa bandeira e, também, fazer mudar muitas loucuras implantadas no país. Um governador paulista que não fosse “Maria vai com as outras” teria força para “mexer esse doce” e dizer bem alto: “podemos até ser locomotiva, apenas parem de encher os vagões com tranqueiras, ou não puxaremos mais nada”. Pois é, para tudo tem limite, ser bonzinho é uma coisa, ser trouxa é outra.
Muitas pessoas estão desesperançadas e pretendem anular o voto. Ao fazer assim, poderão abrir espaços para a continuidade do que não gostam. Melhor será escolher algum nome, principalmente no âmbito federal, que possa agir de forma independente e diferenciada do que temos visto. Nada de votar em alguém simplesmente porque é do partido de algum figurão problemático. Da mesma maneira que se pretende candidato com ideias independentes, também, o voto precisa ser independente e bem pesquisado. Uma boa forma de se saber o que pensa um candidato é lhe fazendo perguntas educadas. Se a resposta for satisfatória, vote no cara, caso contrário procure outro.
Também, a moçada, os mais jovens, que se animam a provocar trocas nos cargos políticos, precisam entender que nada vai acontecer do dia para a noite. Será preciso muita paciência e muita discussão de alto nível para que se mudem costumes e despesas que tanto mal causam ao país. Boas mudanças podem levar muitos anos, porém precisam ser iniciadas para que possam surtir efeito em alguns anos.
E, para deixar registrado, essa semana quem comemorou aniversário foi o Santa Fé, um bom amigo e alguém que, na medida do seu possível, sempre ajuda a Santa Casa.