W. A. Cuin
“Quantos pães tendes? Ide ver. Informaram-se e disseram-lhe: cinco pães e dois peixes”. (Mateus 6:38).
No episódio da multiplicação dos pães, Jesus ofereceu à humanidade valioso e profundo ensinamento que tem validade para todos os tempos.
Naquele momento, o Divino Amigo socorreu a fome física de imensa multidão que o acompanhava, buscando por novos e promissores caminhos, mas legou aos séculos futuros inquestionável lição; a de que precisamos movimentar sempre a iniciativa e o forte desejo de servir aqueles que caminham conosco.
Tendo o pão da boa-vontade poderemos amparar a idosos abandonados ou relegados ao esquecimento, que muitas vezes choram silenciosamente em graves quadros de dor e desespero.
Tendo o pão da fé conseguiremos nos manter otimistas e alegres mesmo diante das situações mais difíceis, uma vez que estaremos de posse da convicção de que somos filhos de Deus e Ele, o nosso Pai de bondade eterna, em momento algum abandonará qualquer um de seus filhos.
Tendo o pão do amor teremos absoluta condição de superar todos os obstáculos que surgirão tentando nos desarmonizar no âmbito do relacionamento social.
Tendo o pão da coragem não temeremos as lutas, os desafios e os obstáculos que aparecerão pelo caminho, antes os tomaremos como alavancas de progresso e evolução, pois não se tem notícias de que alguém tenha vencido legitimamente na vida de forma fácil e serena.
Tendo o pão do ânimo nunca cairemos no pessimismo e na acomodação, uma vez que estaremos devidamente informados de que somente o esforço constante será capaz de nos assegurar amplas possibilidades de sucesso em qualquer empreitada que abraçamos.
Tendo o pão da perseverança estaremos sempre fortes para prosseguirmos carregando os nossos ideais, procurando pela construção de um mundo melhor, mesmo que as barreiras se levantem tentando impedir o avanço das nossas metas.
Tendo o pão da fraternidade estaremos munidos de forças para fazer o bem em qualquer circunstância e a qualquer criatura, sem perguntas, julgamentos ou exigências.
Tendo o pão da paciência e da resignação saberemos conviver com pessoas e familiares problemáticos, na certeza de que eles estão nos ajudando a desenvolver a nossa sensibilidade e o altruísmo que nos assegurarão uma boa vivência dos preceitos evangélicos.
Tendo o pão do desinteresse pessoal saberemos perfeitamente como ajudar o nosso irmão do caminho sem pedir nada em troca, sem esperar por qualquer agradecimento ou compensação.
Tendo o pão da humildade não teremos dificuldades na convivência social, onde vemos emergir os mais graves conflitos oriundos do orgulho e do egoísmo, essas chagas terríveis que tantos prejuízos tem proporcionado a humanidade.
Tendo o pão da tolerância compreenderemos as pessoas como elas são, não como gostaríamos que elas fossem.
Tendo o pão do conhecimento das notáveis lições do Cristo e da prática delas no cotidiano, por certo, seremos criaturas ajustadas nas bases do equilíbrio para vivermos uma vida de esperanças e de alegria, carregando a certeza absoluta de que estamos no caminho da felicidade.