Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
Tivemos recentemente mais uma Semana do Trânsito, período em que as atenções se voltam às campanhas de trânsito e que a cada dia que se sucede vai se tornando cada vez mais violento, onde há necessidade de um comportamento adequado e responsável por parte dos condutores de veículos, mesmo no tocante aos pedestres, toda atenção se faz necessária quando transitam pelas ruas e avenidas.
Pesquisas divulgadas mostram que o quadro neste campo é simplesmente alarmante, diante do número de vítimas fatais e de feridos em acidentes que ocorrem diariamente em todo o país, o que nos leva a acrescentar a esta oportunidade tragédia que atinge famílias, que perdem seus entes queridos, além de deixar sequelas em muitas vítimas para o resto da vida.
Entendemos que uma mudança radical neste quadro é urgente e a responsabilidade é de todos. Nessas condições, acreditamos que o Brasil precisa ir muito além das campanhas para conseguir sair do incômodo lugar que ocupa no ranking mundial, com um trânsito simplesmente violento e de difícil solução, já que o número de veículos vai crescendo e o número de acidentes tomando dimensão em todos os quadrantes da Pátria.
Torna-se necessário repensar o sistema de transporte do país que ao longo dos anos foi se concentrando em carros e caminhões com um aumento no número deles na comparação com o número de habitantes de cada cidade. Quanto maior, mais se intensificam os acidentes diários e que causam preocupação às próprias autoridades do trânsito.
Rodovias e ruas com excesso de tráfego, ônibus lotados, além de outros problemas e na qualidade de vida da população causam problemas de toda a espécie, mesmo com as boas iniciativas de mudanças, não são o suficiente para educar um trânsito, assim como o aumento do número de bicicletas para ir ao trabalho, à escola e a outras atividades do dia a dia, há necessidade de medidas rígidas para conter o bom trânsito.
Quanto às mudanças inadiáveis só poderão trazer benefícios, além de contribuir para a própria saúde, já que os ciclistas terão a obrigatoriedade de fazer a sua parte na preservação indispensável do meio ambiente.
Existem cidades que são privilegiadas em matéria do uso de bicicleta, que são aquelas planas e que facilitam o bom trânsito dessa forma de se locomover, principalmente a opção por esta modalidade de transporte, pois além de favorecer a saúde do cidadão, economiza-se combustível, já que o preço dispara de uma hora para outra e mexe seriamente com o bolso dos condutores.
É evidente que existem problemas a resolver com o passar do tempo e devido a outras circunstâncias que compreendem sinalizações e demarcações destinadas ao uso de bicicleta, aperfeiçoando dessa forma e que atinge melhor qualidade do trânsito, mesmo aquele destinado exclusivamente às bicicletas.
Muitos condutores de veículos de um modo geral e motociclistas devem se aprimorar no que diz respeito às regras do trânsito e respeitar os adeptos da bicicleta nas ruas e avenidas de cada cidade.
Entretanto, se toda a comunidade colaborar, certamente poderemos fazer de uma cidade um exemplo de boas soluções para o transporte e, nessas condições, não poderíamos deixar de fazer alusão à greve dos caminhoneiros, o que acarretou triste exemplo de como a concentração em uma só modalidade pode ser perigosa. O país parou e a economia saiu ainda mais prejudicada.
Deve-se observar o bom exemplo de países que aprovaram a importância da ferrovia, hidrovias, uso moderado de carros e o incentivo à bicicleta como principal meio de transporte nas cidades, sejam de grande ou pequeno porte, o sucesso é plenamente assegurado e com efeitos positivos.
Toda e qualquer cidade merece um transporte coletivo de qualidade a preço justo para que pessoas tenham melhor opção, visando, com este objetivo, poupar os veículos de passeio ou mesmo aqueles de uso profissional, certamente teremos um futuro mais saudável e compensador com o advento desses transportes indispensáveis.