Dizem que quando JK veio a Votuporanga em campanha para a presidência, alguém colocou uma mesa do antigo Bar Paramount, na rua, e o Juscelino fez seu discurso. Tudo na maior calma e respeito. No passado era assim: o candidato vinha para as praças das cidades, era recebido por correligionários, fazia seu discurso, pedia o voto e ia embora. Jânio Quadros comeu sanduiche na praça da Matriz enquanto pedia votos. Hoje parece que ficou perigoso, pois está faltando tolerância com as escolhas alheias, é preciso respeitar ou não teremos mais democracia. É preciso entender que quem ganhou, ganhou. Intolerância não é um bom negócio.
Também, pensa o articulista, com tudo o que estamos assistindo e com as informações que a população está recebendo, o bom mesmo é que os eleitos, de agora em diante, sejam mais comedidos e abusem menos dos bens do povo. Por todo o planeta as populações estão repudiando os políticos aproveitadores, estão derrotando os maus costumes. Chego pensar que os próximos anos serão de muitas mudanças por todo o globo terrestre, o povo está muito mais informado e vai repudiar os aproveitadores. No passado isso seria mais difícil, hoje as informações são instantâneas.
Apesar do número de candidatos que existem para a presidência da República, hoje fica difícil fazer um prognostico de quem será o vencedor. Posso estar enganado e alguém não concordar comigo, porém, acredito que os partidos, todos, não foram felizes em suas escolhas, tudo indica que faltou democracia interna aos mesmos.
Bastará o noticiário desviar a atenção para algum tipo de notícia de última hora e as intenções de votos não se solidificam, o que valia no dia anterior fica diferente no dia seguinte. Tenho ouvido vários cientistas políticos e percebo que a maioria está fazendo parte do “achômetro”, ninguém tem certeza. O segundo turno, que acredito vai haver, poderá ser uma guerra.
Mas, voltemos, nós aqui do Estado de São Paulo, a nos preocupar com a eleição estadual, tão ou mais importante que a federal, para nós, pois, dependendo do governador eleito, o presidente da República vai ter de ouvi-lo, afinal São Paulo contribui muito para que a máquina federal possa funcionar. Também, nós de nossa cidade e região, não podemos entregar nossos votos aos candidatos ao legislativo que não residam por aqui. Um ou outro de fora que, comprovadamente, tenha ajudado a cidade até pode levar uns votinhos como compensação, porém, enquanto não houver uma reforma política e tributária interessante devemos prestigiar quem está perto da gente, quem realmente vai cuidar dos nossos interesses e ajudar nossos prefeitos. E vejam bem, a continuar a recessão que está instalada, os prefeitos vão precisar de muita ajuda, muita mesmo.
E o Temer, mesmo manjado há décadas, está decepcionando demais e enquanto isso o Brasil vive uma situação desconfortável eleitoralmente, pois, entre os dois nomes mais fortes um está preso e outro na UTI. Tá difícil!