Havia feito um compromisso com o Fabinho, filho do Jocafe aqui do jornal, para completar um certo número de artigos. Como a jornada deste compromisso está chegando ao fim, fui conversar com o jovem Fabinho que, simpaticamente, me convenceu a ir um pouco mais adiante. Vamos tentar.
Para começar este artigo vamos ao assunto do dia e de todas as horas, ou seja, as eleições. O Brasil está vivendo momentos complicados, a economia está estagnada, os atuais detentores de poder estão pouco se lixando para possíveis soluções para os problemas gerais, estão preocupados com suas reeleições. Por culpa dessa situação, as disputas políticas estão extrapolando o senso de ridículo. As paixões estão no ar.
O horário político de rádio e TV está sendo atropelado pelas redes sociais, tem muita bobagem por aí. O número exagerado de partidos e os compromissos de alguns candidatos com os donos dos mesmos não permitem que propostas sérias cheguem ao eleitor.
Por tudo isso penso que os eleitores, habitantes de nosso país, não devem entrar em discussões com seus amigos apenas porque pensam de modo diferente. As eleições passam e as boas amizades ficam, não devem ser machucadas por motivos eleitorais. Os candidatos que provocam a cisão têm a obrigação de entender que depois de eleitos terão de governar para quem votou neles e para os outros também. O país não pode entrar numa polarização, é muito perigoso. Todos os lados tem a obrigação de manter o respeito.
Mas insisto na questão da eleição paulista. Sem qualificar ou desqualificar ninguém, penso que os senhores candidatos ao governo paulista têm a obrigação de vir a público colocar como pretendem lidar com exageros do governo Federal. Meias palavras ou dissimulações não valem, precisam ser verdadeiros e enfáticos em suas propostas e convicções. Melhor perder uma eleição e manter a cabeça erguida do que ganhar e transformar-se num capacho.
Também, esse negócio, de alguns presidenciáveis prometerem que tudo vai ficar muito melhor após a posse, como num passe de mágica, é um engodo que precisa ser combatido pelas pessoas de bem. O país está tão no fundo poço que vai demandar um bom tempo para que boas propostas surtam efeito.
Mas, enquanto os turnos eleitorais não terminam, vamos todos manter a calma e o respeito para com nossos semelhantes, vamos fazer valer a democracia, até porque o contrário será bem pior. Ganhe quem ganhar, que governe e que tenha juízo, que seja generoso e respeitoso. Torçamos para que seja assim.