Roger Alves
Na calçada, na rua, em parques, em pistas, na terra, na areia da praia, ou até mesmo na esteira da academia, a corrida é um dos exercícios mais comuns que vemos em nosso dia. É um dos esportes mais praticados por nós seres humanos, algo simples e que começamos a praticar na infância, está em nossos genes, carregamos desde a antiguidade, e foi fundamental para nossa sobrevivência e evolução.
Hoje a corrida é uma paixão para muitos, e isso se justifica por uma serie de motivos, como a simplicidade do esporte: um tênis, roupas adequadas e estamos prontos para sair por aí distraindo nossas cabeças agitadas e cuidando de nossa saúde.
Recomendada por médicos e nutricionistas e prescritas por educadores físicos, essa prática traz benefícios a qualquer pessoa, seja ela atleta ou não, como por exemplo: o aumento da eficiência cardíaca, melhora da oxigenação dos tecidos, liberação de endorfina (sensação de bem-estar) redução geral do peso, melhora da capacidade pulmonar, combate ansiedade, depressão, e aumenta a autoestima entre outros benefícios.
Já nos primeiros dias podemos sentir melhoras na disposição e no sono, além de ser algo que pode ser feito de forma individual ou mesmo em grupos.
Porém, mesmo um esporte simples e com tantos benefícios, pode e precisa da devida orientação, desde a escolha do tênis com um sistema de amortecimento adequado e a execução correta dos movimentos, sempre visando minimizar o impacto sobre as articulações da coluna vertebral e principalmente do joelho.
Entre as variáveis que levam a possíveis malefícios na prática da corrida podemos citar a disposição dos joelhos. Essa articulação pode possuir alguns desvios classificados de duas maneiras: joelho valgo, representado por uma aproximação das articulações e no afastamento dos pés, as chamadas pernas para dentro. E o joelho varo, ou seja, o arqueamento das pernas, levando a projeção das articulações para fora, com uma influência direta na forma como pisamos. Além da disposição dos joelhos, o ângulo formado pelo quadril e o nível de flexibilidade das articulações, como as do tornozelo, são características anatômicas, e quando somadas ao equilíbrio dos músculos específicos de cada pessoa, fazem com que cada uma delas apresente um determinado tipo de pisada. As pisadas por sua vez são classificadas em neutra, pronada e supinada.
É comum também ouvirmos queixas de dores, a chamada “canelite” muitas vezes resultado do enfraquecimento de músculos anteriores como o tibial, que pode ser facilmente resolvido com exercícios específicos e alongamentos. Nesse contexto, com as inúmeras variareis presentes nesse esporte, a orientação profissional de educação física se torna indispensável, visando sempre a máxima eficiência e segurança durante o exercício, da mesma forma com que corredores com dores constantes no joelho devem procurar por um médico ortopedista.
O objetivo de todos nós é buscar sempre uma vida mais saudável, livre de problemas causados por falta de exercício, e o exercício por sua vez deve ser prazeroso, trazer bons resultados, sendo feito de maneira consciente e segura.
*Roger Alves – Personal Trainer – CREF 124251 G/SP