Agora, vai. Parece.
O brasileiro, quem diria, tão alheado da política e tão ultraconcentrado em futebol, agora sabe a escalação inteira do STF e já discute as mudanças, da comissão, do presidente e dos reservas.
Os titulares que se cuidem! Muita atenção com os embargos infringentes! Ainda mais neste calor!
Tão aficcionado a novelas, o brasileiro, resolveu, de repente, cair na real e viver seu próprio novelão latino: El bigodón, nunca más. E nem el bigotito.
O eleitor entendeu tudo direitinho.
Direitinho.
A renovação que este primeiro turno trouxe, trouxe, de fato, à tona, um Brasil que já vinha se insinuando há muito: cansado, exausto, de ser palhaço no picadeiro de oligarcas seculares - e novíssimos - , habituados a iludir um povo (a parcela necessária de votos) desinformado, ingênuo e conformado; e a roubar, roubar, roubar e roubar o erário, como se não houvesse amanhã; como provam as milhares de operações policiais nos últimos cinco anos - é, milhares!
Relegando à população migalhas, pequeníssimas migalhas do que a oitava economia do mundo é capaz de produzir, sempre contaram com a idiotice eterna do eleitorado “útil”.
Pois é. Mas idiotice, chega uma hora, uma certa manhã chuvosa de domingo, que também cansa.
E a manhã chegou.
Um amanhã em que todos sabem de tudo; e os que não sabem vão ficar sabendo rapidinho.
Grandes fraudes, grandes esquemas criminosos e países colossais na miséria, só foram, ou são, possíveis em segredo - quando e onde não chega a informação, o conhecimento, a educação.
Mas agora, caiu na rede, compadre, já era.
E, aliás, compadre, é uma palavra que também já era.
A renovação que aí está, não quer saber de compadrio, não.
É assim: você faz a sua parte, eu faço a minha parte, cada um faz a sua parte, e pronto.
Anda direitinho na linha.
Vai pra casa e dorme tranquilo, sem remedinho, nem nada, que a Polícia não vai estar na sua porta às 06h00 da manhã.