Roger Alves
Vivemos hoje em meio a contrastes em relação à saúde e à estética corporal. Talvez nunca a busca pela saúde e boa forma estiveram em tamanha evidência como nos dias atuais, o que demonstra um ganho de percepção sobre a relação direta de nosso estilo de vida e nossa saúde.
Grande parte dessa evolução acontece pela facilidade em obter informações sobre atividade física, dietas, suplementos e medicamentos que supostamente melhorem nosso desempenho em treinos, ajudem a queimar mais gordura, aumentem a massa magra e de forma geral melhorem a saúde e qualidade de vida.
Porém é evidente que existem exageros e desinformação sobre a aplicabilidade e funcionalidade de algumas propostas de treinamento e dietas, que por sua vez, quando somadas, podem e provavelmente levarão o indivíduo a problemas de saúde.
Podemos citar como exemplo as dietas restritivas em carboidratos, onde o consumo de carboidratos é reduzido drasticamente ou mesmo proibido por um determinado espaço de tempo, para assim acelerar o processo de “emagrecimento”. O problema é que essa abordagem é feita sem o auxílio de um nutricionista e sem levar em consideração a relação direta da alimentação e a qualidade e intensidade da atividade física, além da real necessidade energética do indivíduo.
O resultado é uma queda no desempenho durante a atividade física, reduzindo a queima calórica em função de uma alimentação inadequada, comprometendo os resultados, podendo levar até mesmo a perda de massa magra, fraqueza, indisposição e alterações no humor.
Do outro lado temos os exageros em relação a atividade física, que por sua vez levam o aluno a praticar exercícios que estão além de sua capacidade física atual.
É necessário bom senso em relação a meus objetivos e minha capacidade de realizar determinados tipos de treinamento, principalmente os que podem comprometer articulações como coluna e joelho, em função do impacto ou sobre carga.
Toda atividade física deve ser periodizada, de forma a permitir ao praticante uma evolução gradual, tanto nos níveis de força e resistência, quanto na complexidade dos exercícios, evitando assim lesões e melhorando o desempenho e resultados.
No final das contas o que vale a pena ser lembrado é que informação não é formação. O fato de se ter acesso a informação, não garante necessariamente que eu esteja apto a processar essa informação e aplicá-la em meu dia a dia, dispensando assim a consulta a profissionais da área, no caso um nutricionista e um profissional de educação física.
A busca pela boa forma, saúde e qualidade de vida é fundamental, mas é algo diário, que não deve durar um verão, e sim toda a vida, deve ser feita com prazer e sem exageros.
Roger Alves – Personal Trainer – CREF 124251 G/SP