Se Deus quiser a eleição acaba no domingo. Ganhe quem ganhar, em qualquer lugar, nossa obrigação é torcer para que faça um governo razoável, que possa pacificar o país e, sem dúvida, os estados. Eleição democrática é assim mesmo, é feita para que a maioria possa escolher quem vai governar e representar. Infelizmente desta vez a situação extrapolou o bom senso.
A brincadeira do tal de “zap-zap” não ficou boa, não deixou um bom exemplo. E, pensando nas eleições municipais, daqui dois anos, esse tipo de atitude pode provocar muitos desastres. A maioria das cidades são comunidades onde muitos se conhecem, onde as famílias são amigas e entrelaçadas por parentescos. Já imaginaram o que a propagação de notícias radicais poderá provocar? Famílias serão atingidas e muitos negócios poderão sofrer enormes prejuízos. Essa situação precisa ser pensada e regulada urgentemente.
Reclamar sobre o que está acontecendo não é exagero, afinal em meio a tanto tiroteio de mal gosto, realmente não ficamos sabendo quais são as verdadeiras propostas dos postulantes aos cargos executivos, quais são seus compromissos públicos em favor de dias melhores para a população. Depois de eleitos e empossados, é que ficaremos sabendo e, se não gostarmos, já ficou tarde para reclamar e voltar atrás.
Tenho comigo, em meus pensamentos, que o instituto da reeleição precisa acabar. Em todos os lugares é preciso ir trocando as pessoas até que, em algum momento, o Congresso possa instituir a reeleição novamente. Isto pode levar muitos anos, apenas precisa ser uma decisão muito pensada, preparada e com mecanismos que possam defenestrar o mau político sem muitas delongas e traumas para a população.
Enquanto isso não acontece e voltando ao assunto da eleição municipal, o que podemos palpitar é que os dirigentes partidários nos municípios comecem desde já farejar quem poderá ser candidato, fazendo desde já uma triagem da vida dos pretendentes e reservando para o final aquele que tenha realmente uma vida impoluta. Agindo assim estarão evitando que as cidades vivam momentos constrangedores e que os cargos sejam ocupados por pessoas realmente bem intencionadas.
E, vejam só, na próxima semana não teremos mais as caneladas eleitorais que estão ocupando nosso tempo, teremos, isto sim, a realidade para enfrentar. Que venha chuva, para refrescar.