A riqueza, toda forma de riqueza, desde que honesta, é que torna mágica, encantadora, a condição humana, moldada, claramente, para forjá-la - a riqueza -, construí-la, edificá-la, a partir, única e exclusivamente, do pensamento, das ideias.
Nós somos o verbo, também.
O início, também.
Mas não somos o fim, e nem o meio.
O nosso papel, é infinitamente mais modesto, mas é também magnífico - como tudo o mais no universo, que está, exatamente onde deveria estar.
E, conseguir reconhecer a magnificência do Eterno, é o passo primeiro, para sentir-se parte, a parte que se é, Dele; e sentir a inquantificável felicidade de sê-lo.
O cotidiano que se vive, especialmente neste início apavorantemente decadente do século XXI, nos retira a possibilidade de mais criar, porque instituído para isto mesmo.
O humano subtrai ao humano a oportunidade de sobrelevar-se.
Sempre o foi. Assim.
É da natureza mesma humana, criar. Mas impedir a criação, não.
O lado negro da força, é impedir o enriquecimento - toda forma de enriquecimento - do outro.
Este não é o magnífico em nós.
Este é o lado canhestro e primitivo, estabelecido por uma cultura civilizatória também primitiva e canhestra.
E que, entendo eu, está no fim; não é apenas mais uma crise, o que se vive hoje no mundo.
Entramos numa nova Guerra Fria, mas claro, agora com o poder de destruição total do planeta - um novo planeta Marte, bem aqui.
E, à medida que mais e mais pessoas se derem conta de onde viemos parar, de onde estamos, qual é exatamente este momento geopolítico, talvez - talvez - tenhamos tempo de mudarmos definitivamente a direção desta nossa nave espacial, já combalida.
No fundo, no fundo, é o alheamento ao conhecimento matemático, o que nos falta.
O fundamento da vida humana é muito simples: é preciso somar. Sempre.
Dividir, nunca - mas nunca, mesmo -, é a solução. Para nada.
A não ser, claro, para aqueles que pregam a divisão, e desde que eles é que façam as contas.