Estamos iniciando, com as recentes eleições de João Dória para governador e de Jair Bolsonaro para presidente da República, uma nova fase na vida do nosso estado e do nosso país. Usei esses fatos para, em recente pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), fazer um apelo a deputados de todos os partidos em prol da união em favor de São Paulo e do Brasil. Tanto nosso estado quanto o nosso país precisam da união dos políticos bem intencionados e idealistas em prol de soluções viáveis para o Brasil e São Paulo.
Lutei e apoiei Doria para governador de São Paulo e Bolsonaro para presidente da República - embora respeitando todos os demais candidatos - mas, independentemente da minha posição pessoal, acho fundamental o apoio a todos os gestos bons e a todos os bons projetos administrativos a serem apresentados pelos nossos futuros governantes. Havendo essa união, tenho certeza, o Brasil vai viver novos momentos em sua história saindo da situação trágica na qual se encontra.
Não considero traição alguém que apoiou os outros concorrentes (Márcio França e Fernando Haddad) passar a apoiar, após a posse, os futuros novos dirigentes. Todo projeto correto e bem intencionado deve ser aprovado, irrestritamente, por todos.
Vejamos o Estado de São Paulo: um estado rico, com todas as condições para ter um bom futuro e, no entanto, como a situação nacional é uma tragédia, vive o problema de migrantes vindos de outros estados na busca de uma possibilidade de desenvolvimento e de progresso; eles chegam aqui de mãos vazias e, infelizmente, vão para as favelas e para as hoje chamadas “comunidades”.
Ribeirão Preto, por exemplo, uma das cidades mais ricas de todo o Estado de São Paulo, atualmente abriga 92 favelas com milhares de famílias vivendo em barracos sem privadas, sem rede de esgoto na rua e sem água tratada nas suas ruas e, consequentemente, nas suas casas. Temos ainda o problema dos moradores de ruas batendo, de porta em porta, pedindo, pelo amor de Deus, uma oportunidade de emprego ou de trabalho sem conseguirem. Estamos, no Brasil, com mais de 13 milhões de desempregados e a segurança pública encontra-se caótica. Nos nossos presídios, celas onde cabem 10 presos estão com uma média de 20 a 22 presos, nelas permanecendo o dia todo sem fazer nada e custando ao erário público, em média, dois salários mínimos por mês para mantê-los individualmente em tais recintos. Também é trágica a situação educacional no estado e no país: quantas crianças e jovens não estão fora das escolas?
Devemos, portanto, reagir: essa é a conclamação que fiz, no sentido de todos os políticos bons, pertencendo ao partido que pertencerem, darem-se as mãos e caminharem, juntos, em uma única direção apoiando, a partir de janeiro, todos os bons atos administrativos do novo governador de São Paulo e do novo presidente da República.
O Brasil e São Paulo precisam, mais do que nunca, das pessoas de bem caminhando, de mãos dadas, rumo ao futuro melhor por todos nós desejado.