W. A. Cuin
“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”. (Jesus – Marcos 8.34)
No dia 25 de dezembro a humanidade comemora o nascimento de Jesus Cristo, que há mais de dois mil anos viera para apontar um seguro roteiro de vida às criaturas.
Desnecessário se torna destacar a figura e a importância do Mestre, diante da popularidade das suas imprescindíveis lições e dos oportunos ensinamentos que nos legou, no entanto é importante refletir a forma e maneira de como festejar o Seu aniversário.
É rotina e hábito em nosso contexto social brindar o aniversariante com presente que possa agradá-lo. Via de regra, sondamos os desejos e os gostos de quem queremos homenagear e procuramos, com o máximo cuidado, presenteá-lo com algo que lhe agrade.
Com relação a Jesus Cristo não pode e nem deve ser diferente. Por obrigação e zelo precisamos saber exatamente o que Ele espera receber de cada criatura.
Observando atentamente a mensagem evangélica, com facilidade identificaremos o presente que o Cristo deseja ganhar.
Ele nos informou “ame o teu próximo como a ti mesmo”, então um bom presente será o cultivo da solidariedade.
Disse também “deixai vir a mim as criancinhas”, assim demonstrou que gostará de ser lembrado pelo amor que devemos nutrir pelos “pequenos” de toda ordem, ajudando quem estiver na condição do necessitado. Apontou que um bom mimo são a humildade e a simplicidade.
Ensinou que “será preciso amar até mesmo aos inimigos”, deixando uma bela dica para que O presenteemos com o perdão, a tolerância e a compreensão junto daqueles que convivem conosco.
Falou que “ninguém vai ao Pai senão através Dele”, apontando uma rota de ação para que encontremos a paz. Assim ficou o aviso para que, de nossa parte, sigamos até Ele usando, obviamente, nossos recursos e potencialidade em favor do bem-estar do nosso próximo. Podemos lembrá-Lo, então, com o esforço em favor da construção de uma sociedade mais digna, fraterna e humana.
Destacou a importância de “darmos de graça o que de graça recebemos”, ensinando sem rodeios a não comercializarmos as benesses que a Providencia Divina nos oferta quotidianamente. Ele ficará feliz se socorremos o nosso irmão de forma totalmente desinteressada.
Salientou que “a nossa mão esquerda não precisa saber o que faz a direita”, lecionando o valor e a oportunidade do bem em benefício de todos, sem alarde e propaganda. Assim, um bom presente a Jesus será a prática da caridade de forma incondicional, sem cobranças, sem exigências e sem esperar qualquer reconhecimento ou agradecimento.
Como podemos observar, são inúmeras as informações que temos em mãos para escolher o presente que devemos oferecer a Jesus Cristo, no Seu aniversário, objetivando agradá-Lo.
Como sugestão, no natal, além de tantos mimos que temos oportunidade de oferecer a Jesus, lembremos das famílias carentes e sofridas que, por circunstâncias as mais variadas, poderão passar o final de ano com o fogão apagado e a panela vazia e desenvolvamos o máximo esforço para, em nome do Cristo, presenteá-las com uma cesta básica de alimentos.
Se não temos condições de comprar ou montar uma cesta de alimentos, recorramos ao auxílio de amigos, vizinhos, parentes mobilizando nossas forças e perseverança numa campanha, para aliviar, pelo menos um pouco, a agrura e a aflição de tantos que vivem no sofrimento.
Ainda, não esqueçamos de conseguir alguns brinquedos, mesmos simples, para alegrar coraçõezinhos de crianças pobres e muitas vezes esquecidas.
Certamente, assim agindo, não resolveremos o problema da fome no mundo, mas contribuiremos para a formação de um ambiente de solidariedade e paz no seio de muitas famílias, onde o otimismo e a alento por dias melhores possam manter acesa a chama da esperança.
Por certo Jesus se sentirá imensamente homenageado. Ele não espera e nem pede muito de nós, apenas que nos esforcemos para colocar sorrisos de confiança no rosto dos nossos irmãos de jornada.
Reflitamos...