A expectativa em torno de um novo governo sempre causa surpresas inesperadas, pois são consideradas uma reação natural, principalmente se ocorrerem medidas que não venham ao encontro do desejo de toda a comunidade brasileira.
Haja vista o que ocorreu no governo Collor de Mello com iniciativas que surpreenderam a todos, porém, já se tinha conhecimento de que algumas medidas iriam acontecer, porque uma inflação que chegou ao patamar de quase 90% ao mês, não seria outro o resultado senão aquelas que motivaram revolta aos milhões que tinham suas aplicações e bloqueadas por um determinado tempo.
Às vezes, essa ansiedade povoa nossa mente de pensamentos negativos e que nos atropelam sem aviso prévio. Provocam reações diversas, essencialmente aquelas que não estavam na programação de ninguém, já que não beneficiam a classe trabalhadora e a própria sociedade.
Como se não bastasse essa luta incessante e sofrida diariamente de cada um de nós, a ansiedade, às vésperas de um novo governo, aumenta ainda mais, pois o presidente eleito Jair Bolsonaro, ao longo de 28 anos como deputado Federal deu declarações que feriram o regime democrático.
O mais interessante, à vista dessas declarações, não adianta dizer que isso já passou. Terá que provar com toda a eficácia, por atos positivos e reais que essa fase se encontra ultrapassada de vez e que sua mente seja iluminada e voltada aos interesses de toda a população brasileira.
É claro que seu governo, pelo que sentimos em seus ideais, não será uma catástrofe, podendo até não chegar ao fim. Tudo poderá ocorrer, até mesmo um impeachment no decorrer dos meses e dos primeiros anos de gestão governamental, dependendo do comportamento do Senado da República e da Câmara Federal em tomar as decisões que se tornarem necessárias e inadiáveis.
A experiência recomenda paciência e o que interessa é ver um país crescendo e se desenvolvendo em todos os parâmetros e em todas as esferas que compreendem um progresso efetivo, sólido e austero, fazendo com que as necessidades prementes sejam solucionadas, principalmente com a redução do desemprego e melhores condições de vida àqueles menos favorecidos pela sorte.
A propósito do que narramos até aqui, não custa torcer para que tudo dê certo. Espera-se que, empossado na presidência da República o novo presidente, não faltará ao capitão da reserva gente boa e capacitada para ajudá-lo a conduzir a máquina administrativa pelo caminho mais adequado, para que novas esperanças surjam das chamas de um país que deseja o melhor para si.
Para incrementar mais ainda esta observação, um cuidado que poderia se iniciar desde já para o bem da Nação, independente das reuniões ocorridas entre ele, presidente, e seus assessores, visando colocar em prática seus ideais em torno de um bom andamento da equipe governamental, que seja bem-vindo, mas ficam as dúvidas se esse andamento será compatível com os reclamos da sociedade e da própria população.
São pessoas de gabarito que o novo presidente irá precisar, mormente no que tange à nossa política externa. Alguns conceitos já expedidos têm deixado algum ruído no ar e que não seja de uma forma a prejudicar as boas condições de se conduzir um governo que esteja em sintonia com os bons princípios e com as reivindicações que todos clamam por um Brasil gigante, próspero e em condições de competir com muitas Nações do primeiro mundo.
Tivemos a observação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, independente de ter sido um ótimo ou um presidente razoável, sugere uma política externa bem sucedida, visando preservar a boa imagem do Brasil perante os países do mundo inteiro, um país credenciado a ser uma das grandes potências com embasamento em suas riquezas naturais e da própria expansão delas.