W. A. Cuin
“Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura”. (Emmanuel, pela psicografia de Francisco C. Xavier, no Livro “Fonte Viva”, item 73).
Será impossível ser feliz sozinho.
Seres sociáveis como somos, jamais encontraremos a felicidade de forma exclusiva, pois somente atingiremos a plenitude desse sentimento se aqueles que caminham conosco também puderem desfrutar dele.
Obviamente, enquanto existir uma única criatura vivendo de forma desarmônica, sofrível e desequilibrada, ela ameaça a tranquilidade geral, coloca em risco a paz que buscamos, assim estará comprometendo a felicidade de todos.
Então, será valioso e oportuno que reflitamos profundamente sobre isso e mudemos a rota dos nossos procedimentos e ações, pois que pouco vai adiantar deitarmos preocupações somente com os nossos problemas e aflições, ou mesmo com as dificuldades dos nossos familiares e amigos, uma vez que a felicidade que desejamos a obteremos quando toda a humanidade puder usufruí-la.
Assim, além de laborarmos para a superação das nossas dificuldades, será preciso trabalhar também para que os nossos irmãos consigam solucionar os problemas que carregam.
E, nossa felicidade começará a partir do instante em que decidirmos por movimentar recursos em socorro daqueles que sofrem, pois à medida que nos preocupemos com os problemas e as dores alheias, acabamos esquecendo de nós mesmos. Percebemos que além das nossas dificuldades existem outras muito maiores requerendo providências urgentes, e, ao atendê-las nos sentimos úteis e esse sentimento de fraternidade é o princípio da paz que sonhamos.
Então, para que sejamos realmente felizes, indispensável se torna que façamos a felicidade dos outros.
Jesus afirmou: “o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir”. Nesse momento o Cristo ensinou à humanidade como deve agir a criatura humana, em relação ao próximo. Em outra oportunidade sentenciou: “ame teu próximo como a ti mesmo”, novamente lecionou a maneira de encontramos a felicidade. O caminho, obviamente, para tal conquista, vai na direção dos nossos irmãos de jornada.
Dessa forma, compete a cada um de nós relancearmos o olhar em volta à procura das aflições existente e sairmos, urgentemente, a socorrê-las, dentro das possibilidades que temos. E, naturalmente, sempre podemos fazer alguma coisa em favor de quem sofre.
Um pedaço de pão ao faminto, um agasalho a quem tem o corpo desprotegido, uma palavra amiga ao desesperado, um abraço fraterno ao carente de afeto, um gesto de bondade a uma criança abandonada, um sorriso amigo num ambiente triste, um minuto de silêncio para ouvir uma queixa de alguém, horas de folga trabalhadas em favor dos necessitados, uma carta animadora a alguém que caminha na solidão, uma prece a Deus em favor dos esquecidos pela sociedade, enfim, muito temos a fazer em prol da felicidade alheia, e, obviamente, agindo assim estaremos plantando a semente da nossa própria ventura.
O Evangelho de Jesus é um roteiro seguro e prestativo, informando com segurança e sabedoria, a estrada que nos conduzirá à felicidade que queremos, no entanto, ainda segue o homem desatento e descuidado, caminhando à margem da verdadeira rota e, devido a tal comportamento, ainda não logrou realizar os seus sonhos.
Não nos esqueçamos, a felicidade que desejamos terá início na felicidade que plantarmos no coração do próximo. Qualquer outro procedimento nos proporcionará colheitas de decepções e amarguras.
Reflitamos.