Como início desse comentário, há de se fazer alusão aos preparativos de posse do presidente da República, jamais vistos na história republicana a um chefe de Estado. Nessas condições, os organizadores e comissões merecem nossos aplausos, e que, por certo, tais preparativos e consequente transmissão de cargo de governo chamaram a atenção de uma boa parte do mundo.
Foi a posse mais extensiva que já se viu e que não faltou a presença das forças que compõem a Marinha, Aeronáutica e Exército, além da salva de tiros, que incrementaram o grande feito e que ficou gravado na história.
Há de se ressaltar, que desde já reina expectativa sobre as medidas anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro, estando neste contexto, onde figura com destaque e com certa exclusividade a reforma da Previdência Social e, se for para o bem da autarquia, que seja bem-vinda, mas que venha ao encontro do desejo de todos, mormente daqueles que estão prestes a se aposentar.
Destaca-se nesta oportunidade o pronunciamento do ministro da economia Paulo Guedes, onde defende com muita veemência a contenção de gastos públicos, dizendo, entre outras coisas, que o Brasil deixou de crescer em função dessa problemática e que desde há muito vem se tornando uma boa de neve, sem uma solução plausível com meios adequados, que possa combater os gastos públicos desenfreados.
Paulo Guedes reforçou a necessidade da reforma previdenciária como uma das medidas que deverá ser levada a efeito, desde que não encontre barreiras pela frente, notadamente se houver necessidade de ser submetida à apreciação das duas Casas de Lei: Senado e Câmara Federal do ponto de vista legal.
É inegável que, há vários meses, o país tem demonstrado luta para sair da recessão econômica, porém, ainda não houve uma reação a contento para estimular a economia e reduzir a taxa de desemprego, mas há esperança de que ambas encontrem o caminho a ser trilhado de uma forma que possa se deslumbrar e contribuir para a expansão neste campo.
Por mais que esse governo se esforce, no sentido de combater esses dois fatores, economia e desemprego, é um dos desafios em confronto com as dificuldades de se estabelecer um parâmetro justo entre a renda “per capita” de cada cidadão, mormente aqueles de baixa renda, em confronto com as necessidades de aquisição dos produtos básicos para a sustentação própria e da família.
A confiança a ser depositada nesse novo governo deve ter suas limitações, porque promessas não resolvem os problemas mais graves que se fundamentam, principalmente na educação, segurança e saúde, três fatores essenciais que ainda precisam se aprimorar, mormente o atendimento da saúde pública, embora tenha havido algum avanço de melhoria, mas ainda deixa muito a desejar.
Uma Nação sadia somente se consolida com um povo sadio, capaz de dar o seu quinhão de progresso, desde que as condições de saúde lhes permita esse desempenho em prol de si próprio e do próprio país, com o trabalho desenvolvido nas mais diversas atividades profissionais, as quais representam o alicerce efetivo e globalizado.
Verdade é que o Brasil passou por diversas crises e procura se estabilizar, mas para isto está intimamente ligado à boa conduta do governo com medidas que resultem na expansão dos vários ângulos que possam beneficiar a todos com determinação, principalmente, incentivando o mundo empresarial e investidores, mesmo de outros países, para que tenham condições de integração no mercado com uma carga tributária suportável.
Um dos grandes males e que ainda não se encontrou uma dosagem de medicamento certa para se conter o abuso de preços que se verifica nos milhões de estabelecimentos comerciais de todo o país, é a oscilação deles de um modo geral, que vem corroendo o bolso do consumidor e, consequentemente, a queda do poder de compra.
Daí, portanto, as limitações de credibilidade ao atual governo, porque não se tem uma ideia formada se as promessas de fato irão se tornar realidade.