Iniciamos esse comentário, fazendo alusão às famílias desesperadas e moradores próximos à tragédia de Brumadinho, em função da destruição ambiental e novamente a sensação de que a incompetência e impunidade aos responsáveis por obras que não apresentam segurança satisfatória, não sabemos até quando irá perdurar essa triste situação.
Este é o saldo da tragédia ocorrida na sexta-feira última, onde novamente uma barragem da Vale, fez com que o temor tomasse conta do que ocorreu no Estado de Minas Gerais, incluindo prejuízos de grandes proporções.
Não temos conhecimento com precisão sobre a quantidade exata de vítimas soterrada pela lama, porém, há uma previsão de que mais de 300 pessoas se encontram desaparecidas e, até o momento em que as autoridades que tentam minimizar a tragédia, já alertaram que o número de vidas perdidas poderá chegar a um patamar dos mais preocupantes.
É lamentável saber que em nosso país faltam recursos suficientes, no sentido de tratar com mais seriedade situações como essa da tragédia ocorrida em Mariana há três anos, época em que 19 pessoas perderam a vida, mormente pelo desastre ambiental de inúmeras proporções e que não poderiam ser diferentes.
Com esse acontecimento, as lições devem ser prioridade com empreendimentos e obras, através de um trabalho melhor planejado por parte dos responsáveis, para que se evitem ocorrências de novos acidentes no futuro, porém, infelizmente, não foi o que aconteceu e que deveriam os responsáveis tomar ciência da segurança, em se tratando de obras de grande vulto.
Após esses acontecimentos, os brasileiros voltaram a questionar, iniciando pelas formas de atendimento e ressarcimento às famílias afetadas por essa tragédia, sendo que no aprendizado é que se tiram lições, para que no futuro haja melhor conscientização, no que tange à realização de obras gigantescas como essa de Brumadinho.
É claro que ninguém está isento de acidentes, até mesmo em países desconhecidos, talvez pela ineficiência com a qual se constroem obras de toda a natureza, já que os imprevistos acontecem, através de falhas naturais, levando em consideração o fato de que tudo que o homem faz é bem feito, mas não é perfeito, nem mesmo no que se refere à informática.
A diferença, portanto, está na forma com as quais as tragédias são enfrentadas e, nessas condições, cuidados especiais devam ser colocados em prática, visando, com este objetivo, evitar sérias consequências e que dificilmente serão totalmente normalizadas, porque os prejuízos ultrapassam fronteiras e quem irá se responsabilizar por eles? Nessas condições, apresentam os responsáveis justificativas por isso e por aquilo, acaba ficando sem uma solução plausível e adequada para a solução dos problemas.
Já foi anunciado pelo governo uma solução para amenizar a situação dos que perderam tudo com a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço até certo valor, mas desde que o cidadão se enquadre às exigências para o saque desse recurso e que não pode ultrapassar de R$ 6.220,00, valor que não representa absolutamente nada para quem precisa se reconstruir dos prejuízos sofridos.
É de se imaginar a tristeza pelas perdas de vida tão importantes e que seriam úteis para si mesmas e para as próprias famílias de cada um. Aí vem também a incerteza de que no futuro, mormente a destruição da natureza, dos animais soterrados e de outras situações que abrangem o lamentável acontecimento de Brumadinho, se outros cuidados sejam melhor elaborados e estudados de uma forma capaz de evitar situações aterrorizantes.
Que as autoridades, de comum acordo com o governo Federal, encontrem alguma saída para amenizar esse quadro lamentável e sofrível.