Donald Trump, depois de dois anos no poder como presidente dos Estados Unidos, vem se conduzindo de tal forma que, ao mesmo tempo, chamando a atenção do mundo com suas ideias polêmicas, jamais vistas por presidentes anteriores, entre elas, a que mais se destaca, é a insistência na construção de um muro na fronteira com o México.
Por ocasião da campanha, já vinha alimentando essa ideia, sustentando a tese com muita veemência de que o México é que iria suportar as despesas com essa construção, porém, há poucos dias, negou ter afirmado essa intenção de fazer com que o país vizinho viesse a suportar essa obra gigantesca.
Enquanto houve a queda da muralha de Berlim, que separava as duas Alemanhas, a ocidental e a oriental, num gesto de avanço à modernidade e à civilização de um mundo atualizado com mentalidades evoluídas, Trump avança de uma forma contrária com o seu gesto onipotente em direção à sua ambição pouco recomendada e sem respaldo do Congresso norte-americano.
Esquece o presidente dos Estados Unidos, que deveria governar o país, seguindo os bons princípios da Constituição daquela Nação e das normas democráticas regidas por ela, em obediência ao que determina a referida Constituição.
A paralisação que se verificou de uma boa parte da administração federal, provocada pela briga ou conflitos entre ele, presidente, e os democratas, pela exigência de o Congresso liberar 5,7 bilhões para construção do tão falado muro que, a princípio, seria de concreto e cimento, porém, de repente, o presidente norte-americano fala em muro de aço.
Enquanto permanece o impasse, 800 mil funcionários públicos federais deixaram de receber o seu salário na última sexta-feira, pegando à mão um hollerit vazio com o número zero. Zero dólar. Dessa forma, não merece aplausos o governante norte-americano, muito ao contrário, críticas das mais extensivas, diante de um quadro lamentável como esse.
Trump, com toda essa emaranhada situação, coloca-se vítima da imprensa e da opinião pública, que protestam com razão, diante de ideias e comportamento pouco recomendados e que não vêm ao encontro do desejo da população, que inspira por um país caminhando dentro das normas legais e constitucionais.
A paralisação total ou de forma parcial do atendimento em várias repartições públicas, estando neste contexto museus, bibliotecas e outras, atingiu o seu 25º. dia e não há uma previsão de que tudo volte à normalidade, já que a insistência de Trump com a sua pretensão contribui de uma forma decisiva para essa situação.
Trump, com seu discurso truculento e ameaçador, considerado sem nexo, parece mais uma figura delirante do que uma pessoa sensata e determinada a ficar na história como um presidente dos mais polêmicos e que, por certo, deveria ser contemplado com um quadro a óleo dos mais caros do mundo, mas representando uma figura simplesmente polêmica e que não despertou a simpatia de milhões no mundo inteiro.
O presidente norte-americano, no início do século 21, bem antes de se candidatar à presidência, chegou a fazer uma palestra em uma universidade americana, oportunidade em que fez questão de se declarar contra os muros, sejam quais forem com tendência absoluta pela derrubada e, de repente, sua ideia se transforma pela construção do muro e que vem despertando a atenção do mundo.
Com o possível envolvimento em algumas situações, Trump corre o risco de sofrer um processo de impeachment, o que não está descartado, à vista de alguns problemas que irão se desenvolver, mais dias ou menos dias, à do posicionamento do Congresso norte-americano e que poderá se repetir o que aconteceu com Richard Nixon em uma despedia melancólica do governo dos Estados Unidos.
Trump representa uma espécie de ameaça, não somente para os Estados Unidos como para o próprio mundo, já que a sua linha de conduta é irreversível, às vezes, desequilibrada, sem coerência e sem conexão com uma realidade que norteia os bons princípios. Ele se apresenta de forma inversa como se estivesse mudando de cenas de um momento par outro.
Que Deus ilumine a cabeça do presidente norte-americano com novas ideias de boa conduta administrativa.