Mara Sílvia C. de Menezes
Celebrar a vida, falar ou escrever sobre padre Haroldo...Perdi a conta, nem sei quantas vezes, em todos esses anos de convívio, eu o mencionei em palestras e em artigos. Desde 1979, quando o conheci, fui realmente tocada por sua espiritualidade. Inaciano de corpo e alma, tornou-se o grande jesuíta que ele é... E fez de mim uma cristã mais preparada para seguir Jesus e ser inspirada por Sua Mãe.
Nunca ouvi o Padre falar das curas e milagres que ocorreram por intermédio dele e a que alguns de nós assitiram. As histórias que ele contava eram incríveis. Sempre uma experiência pessoal ou bem próxima dele que visava à nossa educação. Educação para nos tornarmos verdadeiras damas e cavalheiros capazes de assumir responsabilidade e realizar sua missão.
Na CASA AMARELA - um casarão de fazenda cedido a ele pela Federação de Entidades Assistenciais de Campinas - FEAC, foi onde tudo começou. Os cursos e encontros realizados ali faziam toda a diferença na vida das pessoas que deles participavam...O violão do Wandreley, as canções religiosas, e as palestras do Padre faziam de nós novas pessoas. Nascíamos de novo! Era um grupo lindo! Cada um com seus dons e talentos servindo Deus sob a BATUTA de Padre Haroldo. Éramos todos instrumentos dóceis atuando onde era preciso do jeito que fosse preciso.
O Padre Haroldo falava muito de sua vida pessoal. Da conversão, das escolhas, da forma como fazia as coisas acontecererm. Mais tarde eu aprendi que Santo Inácio de Loyola fez isso também... Falou dele mesmo, de sua vida e seus sentimentos pessoais para ensinar seus amigos sobre aquilo que o tornava melhor e mais próximo de Deus.
Copiei essa característica que aprendi com ele, percebendo que era importante partilhar experiências pessoais, que davam ou não davam certo, para ajudar os outros. Assim sentia que meus relatos podiam servir de inspiração para muitos.
- Você sabe como foi a conversão de Padre Haroldo? Ele era cabo do exército americano, um dia, na carroceria de um caminhão de manobras vindo de suas atividades quando o Padre pôs a mão no bolso para pegar seu maço de cigarro, veio junto um crucifixo... Penso que a Sra. Minnie, sua mãe, deve ter posto Jesus ali para proteger seu filho. Ele tomou em suas mãos aquele Jesus crucificado e começou a refletir sobre a entrega do Nosso Deus e, ao mesmo tempo, ele prórpio ou Jesus perguntava: “- E eu... e você o que tem feito por seus irmãos? – O que tem feito com sua vida? – Haroldo o que pretende com tudo isso?”
Pertinho do lugar onde estacionou o caminhão tinha uma livraria, ele comprou um livro sobre Jesus Cristo e nunca mais parou com sua incessante e determinada busca para conhecer e servir melhor o Sr. Jesus. Conseguiu uma licença para sair do exército e entrou quase a seguir na Companhia de Jesus. A decisão de ser jeusíta veio por causa da vida de homens iguais a ele que queriam viajar para terras distantes e dar suas vidas para que todos conhecessem e vivessem a proposta do Nosso Senhor.
E, assim foi. O Padre vive, viveu a serviço de Deus, copiando Santo Inácio e trabalhando pelos que mais precisam.
Padre Haroldo ajudou a todos nós, que convivemos com ele nesses seus abençoados 100 anos!
Reuniões do Amor-Exigente em Votuporanga – SP
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