Não conheço pais que tenham chegado aos Grupos de Apoio Permanente de Amor-Exigente sem terem sofrido muito com a dependência química. Extenuados, romperam com seus recursos e valores, e, como alguém disse um dia: “Arrebentaram as porteiras e perderam as fronteiras”. O resultado invariável é o de tentar recuperar seus queridos, através de incontáveis tentativas com o mesmo padrão de comportamento: ameaças vazias, brigas, onde se estapeiam e se beijam ao mesmo tempo; muitas lágrimas, turismo nas noites, destilando e disparando raiva, vingança, mas, sobretudo decepção.
A resolução da família diante da falta de conhecimento e preparo a impede de conversar e buscar soluções que de fato funcionem. Então, a possibilidade de criar regras e normas, colocar limites, contidos no campo das escolhas, não têm resultados positivos, pois são ações mal planejadas, com reações permeáveis de manipulação e mentiras. A ausência de limites gera transgressão sobre nós próprios, perdemos o fio da meada, nos desviamos daquilo que somos e queremos ser, fazendo uma falsa ideia sobre nós. Isso gera cada vez mais instabilidade e inércia. É o perigo da acomodação e da resignação. Com receio de abandonar a zona de conforto, não podemos experimentar mudanças por menores que sejam e nos jogamos no conformismo.
Somente a aceitação liberta para a procura de novos horizontes. Essa aceitação é a mola propulsora para novas possibilidades e ir ao encontro de toda nossa criatividade que irá nos dirigir a uma organização, frente aos nossos recursos e aos recursos de nossa família. Amo lembrar o que me fez entender a linha demarcatória do limite, segundo Mara Silvia: “Limite é uma cerca. Se sua casa tivesse um rio no quintal e você tivesse um filho de três anos o que você faria? Construiria uma cerca”. Limite e cerca são proteção. Sem protegermos nossos filhos com regras claras e limites bem traçados, sem ensiná-los até onde podem ir ou não, com toda certeza ficarão descobertos de proteção e, criaremos criaturas frágeis diante das frustrações, um filho infantilizado diante da vida. São as regras claras colocadas com firmeza, divulgadas constantemente que vão evitar que nos tornemos descuidados ou permissivos, deixando de valorizar nosso papel de pais.
Limitar é educar! Limites nos fazem fortes diante dos empecilhos e escolhas que nos estimulam a fazer novos planos e direcionarmos nossas vidas para outros rumos.
Reuniões em Votuporanga – SP
Quintas-feiras, às 14 horas
Igreja São Benedito e Nossa Senhora de Fátima
Sala do Centro Pastoral.
Quintas-feiras, às 20 horas
Rua São Paulo, 3577 (entrada pela Rua Alagoas)
=SALÃO PAROQUIAL DA CATEDRAL=
(17) 98163-4546 (WhatsApp)
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