Por mais que as autoridades competentes se empenhem, buscando soluções para combate à violência contra a mulher, infelizmente ainda persiste este terrível problema, onde as vítimas do mundo feminino sofrem agressões das mais violentas por parte do agressor, seja ele marido, amante, companheiro ou namorado.
Dias atrás a televisão exibiu o rosto de uma mulher quase que desfigurado, onde houve, por certo, a necessidade de cuidados médicos para amenizar o quadro em que se encontrava e ainda não se vê totalmente recuperada das agressões que sofreu.
A violência contra a mulher, e que já se tornou uma rotina, não se constitui em novidade para ninguém, já que acontece em todas as camadas sociais, onde os motivos são diferenciados uns dos outros. Em muitos casos motivados por ciúmes e outros pelo fato de a mulher se recusar a permanecer com o esposo, companheiro ou namorado.
Além do que relatamos até aqui, não se trata de um problema social, mas também do risco que corre a mulher afetada pelas agressões que, dependendo da sua gravidade, poderá ter sérios problemas atinentes à saúde de toda a natureza, além de distúrbios mentais e irreversíveis.
Importante salientar que, embora a violência possa figurar no âmbito entre os dois sexos, o marido ou companheiro é tido como o personagem principal da agressão, razão pela qual a mulher é mais frágil fisicamente, exceção àquelas que, em muitas situações, acabam levando vantagem, porém, em menor escala neste campo.
Em algumas situações, com menos intensidade, é claro, a mulher é tida como culpada da agressão sofrida, dependendo do seu comportamento e da sua linha de conduta junto à pessoa com quem mantém vínculo conjugal ou algum desajuste que não corresponde à boa vivência com quem mantém esse vínculo, mas é inadmissível a agressão.
É claro que o Brasil deu um passo importante, visando combater a violência contra a mulher com o advento da Lei Maria da Penha e com o grande aumento do número de Delegacias da Mulher, porém, infelizmente, muito distante de sanar esse problema que toma dimensão a cada dia que se sucede.
Temos conhecimento de que mais de 4.600 mulheres foram assassinadas sem as mínimas condições de defesa e que vem representar uma taxa de 4,5% de homicídios para cada cem mil brasileiras, um número assustador esse que corresponde às mulheres assassinadas.
A violência contra a mulher exige das autoridades competentes dedicação das mais intensivas, além do suporte da própria sociedade e de toda a comunidade na cooperação de uma forma ou de outra com o objetivo de minimizar o quadro em questão, já que a extinção definitiva é uma tarefa impossível, mas deve ser encarada com toda a seriedade.
Verdade é que os problemas da violência trazem consequências nos âmbitos gerais, principalmente físico, onde a mulher se mostra mais frágil, o que é absolutamente normal e dentro da lógica.
Apesar de os números de violência contra o mundo feminino serem de uma forma preocupante, muitos avanços foram concretizados, como já dissemos anteriormente com a implantação da Lei Maria da Penha (Lei n°.11.340/2006), considerada uma das mais importantes e que continue tendo seus pontos positivos.
Afinal, a violência afeta mulheres de todas as camadas sociais, independente de localidades e regiões dentro desse contexto, sendo que, atualmente, a violência é entendida em muitos casos como um problema de ordem privada, isto é, nem sempre as denúncias chegam às autoridades, porque os cônjuges acabam omitindo-as por se tratar de ocorrências corriqueiras, passageiras e que a paz volta a reinar entre eles.
É de se esperar que, além dos impulsos obtidos até agora pelas autoridades competentes e pelas delegacias que dão assistência às mulheres vítimas de agressão, outras providências sejam colocadas em prática, mesmo a longo prazo e que possam incrementar o sistema de segurança e amparo a todas mulheres que sofrem todo e qualquer tipo de agressão.