A palavra sororidade sempre fica em alta nas comemorações do dia da mulher, mas deveria fazer parte do cotidiano feminino, impregnada nas nossas atitudes.
Confesso que muitas vezes falei: “prefiro trabalhar com homens do que com mulheres” ou “tenho muito mais amigos homens do que mulheres”. E falava isso com muito orgulho. Pasmem! Somente depois dos trinta e poucos anos é que comecei a entender como nós mulheres precisamos nos ajudar e nos amar como irmãs. Mulheres precisam se unir como os homens se unem, uma olhando a outra sem julgamentos, sem mimimi.
Infelizmente fomos educadas para sermos sensíveis, servir a todos, agradar e agradar. Como diz a jornalista Ana Paula Padrão: “Os meninos são educados da porta da casa para a rua e as meninas da porta da sala para a da cozinha”. A família, na maioria das vezes, quer a menina sendo perfeita, linda como uma princesa, sem nunca falhar. Não nos ensinam a errar, a ativar nossos potenciais, a lutar pelo que queremos. E o pior, sempre achamos que precisamos de alguém para nos apoiar, mas não queremos nos unir com outras mulheres, porque a frase que soa em nossos ouvidos é que mulher não ajuda mulher. É necessário entender que essa regra sobre gêneros não existe. Todos podem se ajudar!
É triste quando vemos que em cargos de liderança ou na política, temos poucas mulheres. É triste saber que uma mulher julga a outra, inveja ou mesmo despreza. É necessário mudar essa cultura!
Em 2015, a Organizações das Nações Unidas (ONU) adotou a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, e a ONU Mulheres trouxe a iniciativa global “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, com pactos assumidos por mais de 90 países, onde o foco é que homens e mulheres possam se unir para que a igualdade ocorra.
Para tanto, é necessário entender que quando uma mulher cresce, todas crescem. Quando cada mulher olhar a outra com os olhos do coração, sem julgar, vendo ela como uma irmã, como uma parceira, o mundo será se tornará mais humanizado e as relações terão mais carinho menos competitividade. É necessário treinar o nosso olhar generoso para que em cada mulher possamos extrair algo bom, compreender seu comportamento e ver uma oportunidade de aprendizado a cada contato. Nossa melhor missão é não esperar 2030, mas nos dar as mãos e seguirmos juntas em busca do propósito maior: a aliança entre mulheres.
Para a mulher conseguir vislumbrar a outra com esse amor maior, primeiro ela precisa se amar, ter plenitude, entender o seu propósito de vida e ativar as suas virtudes. Deixar para trás essa carga da perfeição, do agradar e do complexo de vítima.
A mulher pode ser quem ela quiser, desde que se respeite e se ame de verdade e respeite e ame ao próximo, na mesma intensidade.
Mulher, junte-se, ame-se, ajude as outros! Contribua na construção desse mundo abundante de sororidade, até que isso se torne tão normal que não mais precisaremos falar sobre esse assunto. Que a sororidade, o amor e o não julgar seja parte da nossa cultura.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Você, mulher, em todos os momentos, procure olhar para outra como irmã, veja o que a outra te ensina, como essa irmã pode lhe ajudar. Acredite no poder da união e do não julgar, no poder da conexão entre irmãs, no poder da SORORIDADE.
Você, homem, olhe para nós mulheres como parceiras de vida e de negócios. Nos olhe como irmãs tão capazes quantos os irmãos.
Vamos construir essa linda história juntos, de forma positiva e com muita união e respeito, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhor, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +