Muitos brasileiros depois de terem avaliado com um advogado de imigração devidamente licenciado, ter aplicado e aprovado um visto que permita residir nos Estados Unidos, perguntam sobre alguns dos principais desafios ao se mudarem.
Sempre destaco que um dos pontos mais relevantes seria trocar o luxo, ou talvez a “mordomia” pela qualidade de vida. Grande parte que deseja se mudar do Brasil, seja pela atual situação econômica, por questões de segurança ou a falta de perspectivas sobre o próprio futuro ou dos filhos.
Quando se fala em residir nos Estados Unidos, as pessoas precisam compreender que existe uma significativa diferença no estilo de vida habitual de parte da classe média e alta do Brasil, que se acostumou a viver com algumas “mordomias” sobre as quais eu vou abordar.
Inicialmente, algumas coisas que no Brasil seria possível e acessível já nos Estados Unidos trata-se de algo muito incomum, como por exemplo, ter uma empregada doméstica para auxiliar nas rotinas diárias da casa ou mesmo ter um empregado de um posto de gasolina para abastecer seu carro.
Em todos os aspectos, viver nos Estados Unidos, requer sua capacidade e disposição para fazer grande parte ou mesmo todas as atividades diárias de rotina sozinho. Não que seja impossível, por exemplo, contratar uma empregada doméstica vai custar em torno de US $ 120 dólares por dia, uma despesa adicional de US $ 3 mil dólares por mês.
Segundo, compreenda que a qualidade do atendimento nos Estados Unidos é a mesma para todos independente da classe social. Muitas vezes, no Brasil, existe uma diferença muito grande entre a qualidade e padrão de vida de um garçom para o cliente que ele atende. Já na América, é possível que o garçom que te atende tenha um carro melhor ou viva numa casa melhor ou igual do que o cliente possui, e ainda muito provável que seus filhos estudem juntos como os filhos dele na mesma escola.
As escolas onde as crianças devem estudar nos Estados Unidos são definidas de acordo com o CEP (ZIP CODE) e por isso seus filhos precisam conviver, independente se você é médico e seu vizinho tem uma profissão mais simples ou possui menor poder aquisitivo. Eu estudei no Brasil em escolas públicas e também particulares e por este motivo, eu sei que as diferenças são enormes.
Resumindo, a mudança envolve além dos aspectos legais de autorização para residir legalmente nos Estados Unidos, adaptação a nova língua, outra mentalidade, conduta e principalmente compreender que embora famílias possuam poder aquisitivo diferentes, isto não significa uma segregação de moradia, estudo, convívio ou ambientes sociais como encontramos no Brasil, por exemplo, quando se vai a um restaurante popular ou de alto padrão, ou seja, ninguém vai te chamar de “Doutor” pela roupa que veste ou carro que possui.
Nos Estados Unidos, exceto casos isolados, tudo isso é substituído por uma segurança que mesmo nos lugares mais simples tem índices muito melhores que o Brasil, e isso certamente alegra o coração de quaisquer pais ou mães de famílias ao saberem que seus filhos estão seguros nos mais diversos ambientes que precisam frequentar. Não apenas isso, mas também saber e ter a garantia que as leis serão respeitadas na íntegra o que proporciona a paz e a tranquilidade que deseja. Adicionalmente, saber que o que define seus rendimentos é sua capacidade profissional, expertise e qualidade de atendimento, por isso não é muito incomum ver pessoas que instalam piso com uma remuneração bem superior a remuneração de executivos no Brasil.