Nas finanças, no amor, na carreira profissional, ninguém quer “andar para trás”, pois nesse caso pode ser visto como sinônimo de retrocesso. Porém abordaremos, o “andar para trás”, ou melhor, a marcha reversa, na prática é considerada um ótimo exercício para o fortalecimento muscular, treino da visão, estimulo cerebral, ativa a memória e melhora a coordenação motora e o equilíbrio. Isso já é praticado na china há milhares de anos, lá é comum ver nas praças e bosques, pessoas caminhando de marcha à ré, principalmente entre os mais idosos, verdadeira sabedoria chinesa.
Pesquisas realizadas na marcha reversa comprovaram que os benefícios existem, onde o ciclo da marcha é invertida, sendo a primeira parte a tocar o chão não é mais o calcanhar, mas sim a ponta do pé, com isso outros pontos do pé são estimulados ao apoiar com o peso do corpo durante a marcha reversa, melhora a postura, ficando mais ereta, a visão é estimulada, ganhando mais percepção de espaço, coordenação e equilíbrio. Lembrando que, a locomoção para trás força menos as articulações dos tornozelos e dos joelhos, a marcha reversa hoje é utilizada nas práticas esportivas (futebol e artes marciais) e durante o período de reabilitação dos movimentos em vários casos pós-cirúrgicos e de lesões dos joelhos, músculos do quadril ou lombar e danos causados por entorses de tornozelo e pé, sendo um estímulo associado a outras terapias, mostrando boa eficácia durante a reabilitação.
Ainda mais, a marcha reversa aumenta em 30% o consumo de calorias, por conta do esforço físico e maior atenção durante esta prática, ganha-se agilidade corporal e melhora a performance. Para quem for iniciar, no começo pode ser estranho, mais é questão de costume, pode começar aos poucos, pequenos trajetos, passos curtos, escolher superfície plana sem obstáculos, boa iluminação ou claridade, espaço amplo, ritmo moderado, poucas pessoas ao redor, utilizar roupa confortável e aí é só seguir em frente, ou melhor, para trás.