Prof. Dr. Daniel Carreira Filho
Prof. Dr. Daniel Carreira Filho
O dinamismo que é encontrado em todas as instituições de ensino superior em nosso país faz surgir, e até exige de seus atores sociais, promotores da mediação do conhecimento, constante socialização e integração entre pares sem que sejam criadas ou notadas quaisquer barreiras. Estão extintas, de há muito tempo, as “guerrilhas irresponsáveis” entre as instituições de ensino, haja vista o desenvolvimento de parcerias interinstitucionais (Minter e Dinter, como um forte exemplo) que favorecem imensamente aos interessados em obter formação qualificada.
Eis que, o trânsito entre os diferentes territórios de formação humana, aqui representado pelas instituições de ensino superior que convivem em um mesmo espaço de intervenção social responsável, é um elemento valorizado e produtivo de novos e significativos avanços no campo da educação, meta prioritária das instituições.
O transitar, que em escala internacional é exigida e valorizada pelos órgãos normativos e fiscalizadores do Ministério da Educação em nossa terra, parece-nos promover o intercâmbio entre os produtores do conhecimento no universo da constante busca pela inovação e avanços científicos e, principalmente, humanos.
Assim é que somos, fomos e sempre seremos eternos forasteiros em busca dos mesmos objetivos, quais sejam: a formação qualificada de nosso povo; a compreensão destes quanto a importância da socialização de saberes e; a coexistência construtiva no seio de uma nação e entre os povos.
Aliás, muitos foram, em toda nossa história, os forasteiros que permitiram o surgimento de nossa nação; a construção e consolidação de nossas características sócio afetivas; o surgimento de talentos em todas as áreas do conhecimento e uma série de outras qualificações que têm origem nos “estranhos da terra”. Negar ou submeter os “forasteiros” a avaliações negativas é desconsiderar a própria evolução de nossa espécie humana. Há que se garantir a presença, convivência e cooperação advinda de todos os cantos do mundo se, de fato, desejamos uma sociedade inclusiva.
Não bastassem os motivos óbvios do aprimoramento de nossas intervenções sociais, aquelas que os humanos conquistam em benefício de toda a humanidade “sem olhar a quem”, estão nossas convicções de irmandade, solidariedade, respeito às diferenças e divergências que são indispensáveis ao convívio humano.
Na direção contrária, como já nos referimos em artigo anterior, estaríamos reproduzindo o “Mito da Caverna” de Platão, não é?
*Prof. Dr. Daniel Carreira Filho - Coordenador da Faculdade Futura em Votuporanga