Você já acordou e ficou na cama enrolando para levantar? Teve uma preguiça imensa de fazer algo?
Eu já! E muitas vezes! E ainda tenho, como hoje que escrevo esse texto deitada na cama!
Não sei se é cansaço, hormônios, falta de exercícios físicos ou preguiça, só sei que isso me “pegou”.
Comecei a pensar como somos frágeis e vulneráveis, e como tentamos mostrar ao mundo que somos “super heróis”. A nossa tendência é mostrar ao outro somente a nossa parte “forte e linda”, e se forem pessoas com um perfil como o meu, “o entusiasta” , só mostrarão o lado bom e só falarão de coisas boas, na ânsia alucinada de fugir da dor e do sofrimento.
É preciso criar coragem para assumirmos nossas imperfeições, nossos medos e angústias.
Seguimos muito pesados quando nos escondemos atrás de um modelo perfeito, que na real? Ele não existe!
Como é difícil tirar a capa de heroína e pedir ajuda! E dizer que não consigo sozinha, que preciso do outro, que hoje não quero, que sinto raiva, que estou triste!
Desde criança ouvimos que não podemos sentir raiva de ninguém! Não podemos chorar! Não podemos ser isso ou aquilo! Quantas vezes ouvi: “papai do céu não gosta de criança que chora”, “menina tem que ser assim”, entre tantas historinhas que, com certeza, me deixaram com medo de ser excluída de algum lugar ou grupo.
Tudo o que nós, seres humanos, queremos é sermos aceitos, sermos pertencentes a algo. Lutamos fervorosamente, mesmo que inconscientemente, pelo pertencimento e, assim, vestimos máscaras e armaduras para nos adaptarmos e sermos quem pensamos ser. Perdemos no caminho a nossa verdadeira essência, nosso verdadeiro ser.
É necessário “jogar nosso chicote” fora e aceitar nossas imperfeições. Acolher o que não consigo, assumir que às vezes sinto raiva sim e preciso deixar ela “queimar no meu peito”, que nem sempre acordo disposta às 5h da manhã, que tenho crises, tenho dias bons e dias não tão bons (olha o mecanismo de defesa me impedindo de dizer “dias horríveis”).
Que tal sairmos das polaridades de sim ou não, feio ou bonito, certo ou errado, e trocarmos o “ou” pelo “e”? Pode ser sim e não, feio e bonito, certo e errado, pode somente ser, pode acolher e aceitar que apenas é, ou apenas já foi!
Que tal nos entregarmos ao mundo das vulnerabilidades, ele é o mundo real! Não existem certezas ou perfeições. Realmente eu não sou e nunca serei a princesinha dos contos de fadas, nem serei perfeitinha como a minha mãe dizia, nem a mãe maravilhosa que o meu filho sonha, nem a esposa incrível que meu marido espera. Sou apenas minha melhor versão de hoje, do agora! Nem mais, nem mesmo que ninguém.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Acolha as suas vulnerabilidades, que elas se tornem a sua força. Ser vulnerável é ser verdadeiro, é ter humildade e se libertar dos padrões impostos. É errar e aceitar o erro, é se permitir aprender, mudar e crescer, é ser um verdadeiro líder de si mesmo.
Olhe com carinho para os seus limites, se aceite, pois queremos um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhor, um Mundo Melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +